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A Felicidade Não é uma Meta Por muito tempo, eu me enganei. Acreditava, com total convicção, que sabia exatamente o que desejava da vida. Demorei a perceber que, assim como o ambiente em que vivo, eu também havia sido condicionado a atrelar a minha felicidade a metas e conquistas futuras. O meu pensamento era sempre o mesmo: "... quando eu tiver o meu carro... eu serei feliz!" "... quando eu conseguir comprar a minha casa... eu serei feliz!" "... quando eu for isso... quando eu for aquilo... eu serei feliz!" "... quando eu me aposentar... eu serei feliz!" Foi quando percebi, de forma nítida, que por trás de todos esses desejos, havia um único anseio que se sobrepunha a todos os outros: o desejo de ser feliz. Hoje, com essa nova consciência, se alguém me perguntar qual é o meu maior desejo, a resposta vem com convicção. Já não se trata mais do "maior desejo", mas sim do "único desejo", e sem condicioná-lo a ne...

O Maior Presente de Todos Hoje, um dia especial em que completo 64 anos, o primeiro raio de consciência me trouxe o maior de todos os presentes que o Criador poderia me dar: a oportunidade de viver mais um dia. Sei que, na correria do cotidiano, muitas vezes não me dou conta desse milagre que recebo todas as manhãs. Mas hoje, um dia em que a sensibilidade está mais aguçada, esse pequeno grande detalhe não poderia passar despercebido. Além desse presente colossal, tenho uma série de bônus que tornam a vida maravilhosa: uma saúde perfeita, uma família incrível, amigos leais, um ótimo trabalho, e uma lista que parece não ter fim. Com tudo isso, só posso ser grato. Grato por tudo o que tenho e, principalmente, por tudo o que recebo de bom e que nem sequer tenho consciência. A dádiva de um novo dia Ao completar 64 anos, a manhã chegou com o maior presente que a vida poderia me oferecer: a dádiva de um novo dia. Na correria da rotina, muitas vezes, passamos por esse milagre despe...

A Tirania dos Desejos Sem me dar conta, acabei me tornando um escravo dos meus próprios desejos. Quando paro para entender a origem de tanto sofrimento, percebo que a maior parte dele vem justamente daquilo que eu quero, mas não tenho. Chego, então, a uma dolorosa conclusão: mais de 90% desses desejos não são essenciais para que eu tenha uma vida saudável e feliz. São caprichos de um ego que quer sempre mais, sem limites. Assim, como tantos mestres já ensinaram: quanto maiores os meus desejos, maior será, proporcionalmente, o meu sofrimento. A liberdade não está em ter tudo, mas em aprender a viver com o que é verdadeiramente necessário.   O Despertar de um Escravo Por muito tempo, vivi sem perceber que havia me tornado um escravo dos meus próprios desejos. Ao investigar a raiz do meu sofrimento, a resposta se tornou evidente: a maior parte da minha dor vinha da busca incessante por aquilo que eu não possuía. Essa jornada me levou a uma consciência incômoda: a maioria dos meus dese...

O Verdadeiro Alimento do Conhecimento Acredito que o exemplo de Epicteto é, de fato, fantástico: As ovelhas não se aproximam do pastor para mostrar o que comeram durante o dia. Em vez disso, elas entregam a ele a lã e o leite. Essa parábola nos ensina a ter cautela ao falar sobre o conhecimento, principalmente com aqueles que ainda o rejeitam. Não basta ter o saber, é preciso digeri-lo. À semelhança das ovelhas, devemos transformar o conhecimento em nossas melhores ações. A prova do que aprendemos não está em nossas palavras, mas na qualidade da vida que construímos com ele.   A Lã e o Leite da Sabedoria Há um exemplo de Epicteto que considero brilhante para ilustrar a sabedoria aplicada à vida: As ovelhas não vão até o pastor para lhe mostrar o capim que comeram. Em vez de exibirem o que consumiram, elas oferecem a ele a lã e o leite. A analogia é clara e nos convida a uma reflexão profunda sobre o conhecimento. Assim como as ovelhas, não precisamos exibir tudo o...

A Jornada do Eu para o Todo Demorou, mas finalmente entendi o verdadeiro significado do "Todo". Por muito tempo, vivi e agi de acordo com tudo o que me foi imposto, exaltando meu ego e meu individualismo. A vida era uma busca incessante por me destacar, por ser a parte mais importante. No entanto, com o estudo da filosofia estoica, uma nova perspectiva se abriu. Pouco a pouco, a visão do meu lugar no mundo foi ficando mais clara. Hoje, posso ver que sou, simplesmente, uma parte de um imenso e interconectado "Todo". Assim como a hora é uma parte do dia, e a folha é uma parte da árvore. Minha existência só faz sentido quando compreendo que estou integrado ao universo, e não separado dele.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

É notável como as pessoas se perturbam quando são insultadas ou quando se deparam com fatos que desaprovam. Contudo, o que realmente as aflige não é o evento em si, mas a interpretação que elas dão a ele. Foi um grande aprendizado para mim perceber que, antes de agir de forma reativa e impulsiva, eu posso escolher como responder a uma provocação. Posso decidir se aceito ou não uma ofensa, e até mesmo a forma como sinto o que me aconteceu. A chave está em não permitir que a emoção tome as rédeas da situação.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Teríamos, sem dúvida, bem menos conflitos e sofrimento se a educação formal incluísse uma lição essencial: que nosso mundo externo é, na verdade, um espelho do nosso mundo interno. Os conflitos que experimentamos — com familiares, colegas de trabalho ou vizinhos — são, muitas vezes, projeções de uma luta interna. Usamos os outros como um palco para externalizar aquilo que está em desequilíbrio dentro de nós mesmos. Quando estamos bem, em paz, é notável como nada externo pode nos perturbar. Contudo, o reverso é igualmente verdadeiro: a perturbação interna atrai o caos externo. Diante disso, a atitude mais sensata é buscar a resolução dos nossos próprios conflitos internos. Essa busca, além de ser um caminho para o autoconhecimento, é a forma mais eficaz de evitar as constantes fricções que costumamos experimentar no mundo.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Epicteto, o grande filósofo estoico, nos presenteou com uma lição transformadora: "Qualquer pessoa capaz de te irritar se torna teu mestre." A profundidade dessa afirmação reside na ideia de que a irritação não vem do outro, mas de algo que já existe em nós. A pessoa que nos irrita apenas expõe um ponto fraco, uma área que clama por crescimento e desenvolvimento. Por muito tempo, sem a devida sabedoria, eu reagia com discussões e estresse. Hoje, no entanto, aprecio o insight de Epicteto e, mais do que isso, sou grato a essas pessoas que, ao me irritarem, me deram a inestimável oportunidade de me conhecer e evoluir.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Durante toda minha vida, várias vezes eu me recusei a enfrentar situações desagradáveis. Sem dúvida que fugir de uma situação assim, é mais cômodo e até mesmo mais agradável. Mas se eu pensar que as situações surgem para que eu possa aprender e crescer com elas, estarei sempre retardando esse aprendizado e ela, por sua vez, estará sempre batendo à minha porta, onde quer que eu esteja. E então, vou continuar fugindo sempre? O desenvolvimento do ser humano está mesmo na sua adaptação e convivência com o meio. Por isso, somos os animais com o maior lóbulo frontal da natureza (parte do cérebro responsável pela tolerância e paciência). Fugir é fácil, enfrentar é sinal de crescimento... m. trozidio

Foi uma longa jornada para finalmente compreender a distinção entre a felicidade genuína e a pseudo felicidade. Influenciado pela sociedade em que cresci, fui induzido a crer que a felicidade estava em possuir coisas que me fariam "sentir especial". No entanto, a experiência me revelou que os bens materiais, embora amplamente desejados, só ofereciam uma felicidade ilusória — efêmera e passageira. Essa alegria durava apenas o tempo suficiente para me lançar de volta na angústia de uma nova conquista. Os grandes mestres do estoicismo, como Zenão, Epicteto e Sêneca, assim como os pensadores do Oriente, estavam certos: a única e verdadeira felicidade reside no nosso interior. Tudo o que vem de fora é apenas uma pseudo felicidade.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

É um dos maiores desafios da nossa vida: fazer algo sem se preocupar com o resultado. Diversos estudos mostram que o foco obsessivo "no resultado do trabalho" é o principal motivo pelo qual os objetivos não são atingidos em mais de 95% dos casos. A razão é simples: essa preocupação, que consome nossa energia, não nos permite executar a ação em si com a devida atenção. Para que a tarefa seja realizada com excelência, toda a nossa concentração deve ser direcionada à própria ação. O resultado, por sua vez, é uma consequência natural e espontânea de uma ação bem executada. Essa é uma prática que, por si só, é uma jornada espiritual.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

É fascinante como uma única frase pode conter a sabedoria de uma vida inteira. Esta, em particular, mudou o meu modo de ver o mundo: "A verdadeira riqueza não consiste em ter grandes posses, mas em ter poucas necessidades." Essa afirmação sugere que a riqueza genuína não se encontra no acúmulo de bens, mas no desapego.  O ser humano que alcança um estado de "poucas necessidades" é aquele que se tornou tão completo em seu interior que sua felicidade e realização não mais dependem do que o mundo material pode lhe oferecer. Sua plenitude é interna, não externa.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Os grandes mestres, em especial os do Oriente, são unânimes em sua afirmação de que a sabedoria genuína não reside na mente que tanto valorizamos e obedecemos. Quase todos nos orientam a escutar a voz do coração, por ser um órgão holístico, que está em profunda conexão com o "Todo". Por isso, o coração detém um conhecimento completo e intuitivo. Ainda assim, somos teimosos. Seguindo as imposições do nosso meio, duvidamos dessa verdade. A pequena história de Gibran demonstra com perfeição o nosso dilema: “O Olho disse: — Vejam que bela montanha nós temos no horizonte! O Ouvido tentou escutá-la, mas não conseguiu. A Mão falou: — Estou tentando tocá-la, mas não a encontro. O Nariz foi conclusivo: — Não existe montanha, pois não sinto o seu cheiro. E todos chegaram à conclusão de que o Olho estava enganado.”   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Foi depois de muitas décadas de estudos e observações que uma percepção me atingiu, de forma tão clara quanto um raio, no dia 12 de fevereiro de 2001. A lição era simples, mas profunda: "Em tudo na vida, está contido o seu oposto." "Quando se deseja algo em excesso, é quase certo que se obterá exatamente o oposto." Até então, eu vinha experimentando o resultado contrário às minhas investidas, sem compreender a causa. A partir daquele momento, a ficha caiu: um dos maiores obstáculos para as minhas realizações era a intensidade com que eu desejava as coisas. Quando a natureza é forçada, a colheita tende a ser o oposto do que se espera.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Ouvi muito sobre a infelicidade. Criei minhas próprias teorias. Mas o que me parece mais verdadeiro é que a infelicidade é uma escolha. Um estilo de vida adotado inconscientemente. A vida de todos, sem exceção, é feita de altos e baixos, de alegrias e tristezas. Ninguém vive sem percalços. Onde está o foco? Naquilo que é "bom" ou no que é "ruim"? É aí que a infelicidade habita. O caminho é claro: viver o presente, o que há de bom. Parar de lamentar o que poderia ter sido.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

É fascinante como a vida nos ensina suas lições mais profundas. Por experiência própria, com o passar dos anos, percebi que algumas situações – aquelas que se impõem contra a minha vontade e que eu simplesmente não consigo mudar – parecem ganhar uma força desproporcional à medida que a minha resistência aumenta. Somente quando a exaustão me alcançava, e eu, cansado e machucado, me rendia completamente, é que a transformação começava. A partir da aceitação total, a grandiosidade e a força dessas situações indesejadas parecem diminuir, acabando por se dissolver com o tempo. A palavra "aceitação" já foi falada, escrita e divulgada à exaustão, mas a sua profundidade e o seu poder transformador sobre aquilo que está fora do meu controle parecem ter chegado a mim apenas agora. Nesses casos, a melhor solução, a única verdadeira, é a aceitação.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Não lute contra: consuma a mudança através da mudança Esta é uma lição profunda: não lute contra os seus sentimentos. Por mais paradoxal que pareça, "consuma a mudança através da mudança" significa que, mesmo diante do apego, da miséria ou da frustração, a melhor atitude não é a luta, mas a aceitação. Pense no apego, por exemplo. Em vez de lutar para se libertar dele, deixe-o existir. Permita-se sentir o apego, mas também seja uma testemunha dele. Esse é o processo do Tantra: a não-luta. Não resista. Se a frustração chegar, deixe-a vir. Não negue sua presença, mas observe-a. Assim, através do próprio apego, o apego é consumido, e a frustração é consumida pela própria frustração. Abrace a miséria Experimente isso quando a miséria bater à sua porta. Sinta-se miserável. Não lute, não resista. Feche-se e permita-se ser completamente miserável. Apenas seja. Seja miserável de corpo e alma. De repente, você se tornará consciente da sua miséria de uma maneira diferente, porque toda a...

06 de fevereiro de 2022 O silêncio de um domingo de trabalho, fora do frenesi habitual, cria um espaço mental para a contemplação. É nesse oásis de calma que a mente, liberta da urgência, nos transporta para os "mares que tanto desejo" – a vida que gostaríamos de estar vivendo. É inevitável então a lembrança da máxima dos mestres: o verdadeiro milagre da vida reside em seguir a voz do coração. Essa verdade, com sua beleza e clareza, é inegável na teoria . No entanto, a sinceridade exige reconhecer que existe um abismo de coragem entre a inspiração e a ação. Não é falta de clareza sobre o desejo, mas sim a paralisia diante do risco. O custo de obedecer ao coração é a renúncia à segurança, ao previsível. E assim, navegamos por mares não desejados, resignados à não-realização, sem nunca nos sentirmos justificados a culpar o destino ou terceiros. O impasse não está na escolha, mas na coragem para escolher. O ponto não é se o coração está certo, mas o quão dispostos estamo...

Depois de muitas décadas, acredito ter, por fim, aprendido a lição mais importante: Nada na minha vida, absolutamente nada que existe fora dos limites da minha mente, pode ser apropriadamente classificado como "negativo" ou "positivo". O que realmente provoca o meu sofrimento são as minhas convicções sobre o que acontece. A minha interpretação de cada fato, de cada situação, é o que determina se serei ou não afligido por eles. Foi uma longa jornada, mas o entendimento, enfim, chegou.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Pensar em todas as possibilidades, forçar nossa cabeça, tentar encontrar a saída da miséria com nossos próprios meios... enquanto fazemos isso, estamos bloqueando qualquer outra força em nós. Essa força não age enquanto o ego está no comando. Para que ela possa se manifestar e eliminar os problemas da nossa vida, precisamos parar de tentar resolvê-los. É só assim que a inteligência interna pode agir.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Por que as melhores coisas da vida acontecem quando menos esperamos? Tudo de melhor que me aconteceu até hoje, aconteceu exatamente quando eu menos esperava. Meus melhores empregos, promoções, os melhores fatos e as melhores situações surgiram sem que eu estivesse trabalhando para eles, sem expectativa, pensamento positivo ou algo parecido. A única coisa que fiz, nesse sentido, foi dar o melhor de mim mesmo, trabalhando e vivendo sem sonhar com esses benefícios. Assim, todas as coisas boas que me ocorreram vieram "do nada", caindo no meu colo como uma chuva em um dia de verão. Já o inverso é notório: tudo que desejei, para o que me programei e a que me dediquei ao máximo, não aconteceu. E então, me pergunto: como explicar isso?   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Como 98% do nosso sofrimento nasce apenas da nossa mente. Depois de uma vida de estudos, descobri que mais de 98% do meu sofrimento é causado pela minha própria imaginação. Eu fico imaginando problemas, dificuldades e catástrofes em minha vida profissional e pessoal, e com isso, sofro por todos esses pensamentos. Quando algo do que imaginei de fato acontece, a realidade dos 2% restantes nem de longe justifica toda a tortura que impus a mim mesmo. Que nome dar a uma postura como essa? Insanidade. É simplesmente insano da minha parte continuar agindo assim.   "Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando." m. trozidio conheça meus livros

Por que o presente é a única realidade que não pode nos tornar infelizes. Continuando meus estudos sobre a filosofia estoica, deparei-me com uma frase impressionante de Sêneca que resume bem a essência de sua sabedoria: “Não me surpreende que [os homens] procedam dessa maneira; cada conceito pertence a uma mente que está incerta, uma mente que está preocupada aguardando com ansiedade o futuro. Mas a causa principal de ambos os males é que não nos adaptamos ao presente, mas enviamos nossos pensamentos a um futuro distante. E assim a previdência, a mais bela bênção da raça humana, torna-se pervertida. Bestas evitam os perigos que veem, e quando escapam estão livres de preocupação; mas nós, homens, nos atormentamos sobre o que há de vir, assim como sobre o que é passado. Muitas de nossas bênçãos trazem desgraça a nós; pois a memória recorda as torturas do medo, enquanto a antevisão as antecipa. O presente sozinho, não faz nenhum homem infeliz.” Sêneca, em: Cartas de um Estoico – V...