A ponte entre o desejo e o medo: a tirania da teoria ...
06 de fevereiro de 2022
O silêncio de
um domingo de trabalho, fora do frenesi habitual, cria um espaço mental para a
contemplação. É nesse oásis de calma que a mente, liberta da urgência, nos
transporta para os "mares que tanto desejo" – a vida que gostaríamos
de estar vivendo.
É inevitável
então a lembrança da máxima dos mestres: o verdadeiro milagre da vida reside em
seguir a voz do coração. Essa verdade, com sua beleza e clareza, é inegável na teoria.
No entanto, a sinceridade exige reconhecer que existe um abismo de coragem
entre a inspiração e a ação.
Não é falta de
clareza sobre o desejo, mas sim a paralisia diante do risco. O custo de obedecer
ao coração é a renúncia à segurança, ao previsível. E assim, navegamos por mares
não desejados, resignados à não-realização, sem nunca nos sentirmos
justificados a culpar o destino ou terceiros.
O impasse não
está na escolha, mas na coragem para escolher. O ponto não é se o coração está
certo, mas o quão dispostos estamos a pagar o preço de sua orientação. O
próximo passo não é buscar respostas externas, mas rever, definitivamente, a
natureza desse medo. É na decisão de enfrentar essa falta de coragem que a
nossa vida, de fato, se inicia.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio
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