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Mostrando postagens de setembro, 2007
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XXII continuação... Eis onde novamente Kant atribui mais esta noção à atividade construtivista da mente. Nada busca no fenômeno sensível, nos sons, no tato. Ainda nada contém os objetos do entendimento nem as idéias da razão; agora, nem sequer valor concede às afirmações da faculdade do juízo. O real cai no vazio, como afirmação pura, porque os arquétipos, em função do qual um objeto se diz ajustado, não se configura senão como outras tantas construções apriorísticas. A faculdade do juízo lança por sobre a variedade dos objetos as finalidades formais, como os gêneros e as espécies. Organizando tudo, de sorte a termos a impressão que ditas coisas existem, porque se ajustam às finalidades formais, não o são contudo na ordem efetiva; é que os próprios arquétipos não se constituem em módulos de valor ontológico. Em Platão os moldes eram absolutos e até idealidades reais em um mundo além. Moderado, Aristóteles situou as essências na intimidade da
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XXI continuação... O construtivismo de Kant segue para novos empreendimentos, desta vez para a criação de "idéias" (no sentido de idealismo). A faculdade do entendimento produziria "conceitos", que são parte do juízo. Entra agora em ação a faculdade da razão, primeiramente como pura, depois como prática. Ordenando os juízos em argumentos, obtém conclusões, cuja denominação técnica, que os distingue dos conceitos, é o de idéias. Sob os fenômenos sensíveis, calcula a razão existir uma realidade; mas esta realidade é apenas uma idealidade. A idéia mais geral, neste plano é a do mundo. Sob os fenômenos da consciência, sob o eu lógico, calcula ocorrer um eu psicológico, que também não passa de uma idealidade. A idéia mais geral neste plano subjetivo é a de alma. Como causa total imagina-se a razão, que exista um Deus. É este, alcançado por esta via, também só uma idéia geral. Em resumo, as idéias, mesmo as do mundo, alma e Deu
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XX continuação... Dá-se, pois, a construção do objeto, a partir do fenômeno mas sem nada extrair do mesmo. Exatamente porque nada extrai do fenômeno, principia a divergência com a velha filosofia aristotélica. Além de haver reduzido o fenômeno a uma inconsistência fenomenal, sem qualquer conteúdo real, não encontra mais nada nele, com que prosseguir uma construção. Tem certa razão, o opinar de Kant. Um vez que esvaziou o fenômeno, nada contém para retirar; se o converteu em fenomenalidade, não pode conter estruturas ontológicas. Recaiu Kant nos defeitos capciosos da dúvida metódica de Descartes. Não errou Kant ao duvidar metodicamente. Mas poderá ter errado ao ter conduzido a dúvida a separar e distinguir entre a realidade e a fenomenalidade, entre o lógico e o ontológico. Esta divisão poderá ser meramente de razão. E então, poderá a divisão inexistir como efetiva. Neste caso a solução do problema crítico seria mesmo o do realismo, afastado qu
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XIX continuação... A pergunta geral é, - se as coisas existem só na mente cognoscente, ou se existem também independente dela. Quando chegada aos detalhes, a pergunta passa a ser, - se o real, uma vez estabelecido como uma determinação dos objetos, se efetiva apenas como atribuição subjetiva que se aplicaria aos objetos, ou se também como independente. O clima desta questão é bem sugerido pela advertência que, de gostos e cores não se discute, - de gustibus et coloribus non est discutendum. Já estabelecidos, pois, na definição de que o real se constitui como determinação dos objetos, prossegue a investigação indagando, se esta determinação realmente está mesmo nas coisas, como realidade independente da consciência pensante, ou se nasce de uma nossa maneira de pensar e de construir os objetos. Talvez fossem reais as pétalas das flores, mas não aquilo que as faz serem coloridas; também seria possível que as mesmas pétalas não fossem reais, ent
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XVIII continuação... Continuando com as definições da filosofia conceptual... O nominalismo nega simplesmente o universal; não haveria arquétipos universalmente válidos, servindo de modelos para a estrutura das coisas. Aquilo que parece universal e sempre válido, outra coisa não seria que uma generalização. Nesta posição situou-se claramente Hume, para quem só há fenômenos individuais; até mesmo o princípio de causalidade não seria outra coisa que o hábito de atribuir a relação de causa e efeito aos fenômenos postos em sucessão. No extremo oposto do nominalismo está o realismo ontológico, - radical em Platão, moderado em Aristóteles, - atribuindo validade ontológica às noções universais. Ainda que só os indivíduos sejam reais, eles se regem por princípios válidos no mesmo plano em que se situam, independentemente de nós que os conhecemos. Não seríamos nós que os enquadraríamos dentro de esquemas de essência e os manipularíamos mediante leis d
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XVII continuação... A realidade subjetiva, assim é chamada por derivar de concepções que se alternam de acordo com o gral de conhecimento, com o estágio em que se encontra a nossa consciência e, principalmente o estado de espírito que nos encontramos. Por exemplo: Uma mesma situação, pode ter efeitos diferentes numa mesma pessoa, dependendo de como está o seu estado emocional. A assimilação dessa realidade, passa por filtros psicológicos que terminam adequando, transformando qualquer situação conforme nossa conveniência. Infelizmente é assim que enxergamos o mundo. Esta também é a principal razão que temos, para nunca afirmarmos que conhecemos a nossa realidade, as nossas vidas. Temos que lembrar sempre que essa realidade que vemos, que entendemos como realidade, é uma concepção da nossa mente. De certo, é triste termos que assumir que tudo aquilo que jurávamos, que realmente acreditávamos como verdadeiro, não passa de uma projeção mental, cada
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XVI continuação... Depois de muitas frases que nos faz refletir um pouco sobre o que pode ou não ser verdade, vamos pensar um pouco mais juntos, com o objetivo de chegarmos a um lugar comum. Eu sei, não é fácil mudar radicalmente uma linha de raciocínio, mudar pensamentos forjados durante toda a nossa existência. Eu também passei por tudo isso. Eu sei, e como sei, ser simplesmente taxado como lunático por defender idéias e teorias em relação ao pensamento coletivo, que em hipótese alguma aceita mudanças em sua linha de verdades. Mas, cheguei em há um determinado momento em que, ou eu me manifestava ou seria condenado a viver o resto de minha vida ocultando um conhecimento que me invadiu desde criança e que, em momento algum eu procurei. Aliás, para falar a verdade, no começo, eu tentei fugir. O fato de parecer tão absurda essa teoria, me fez logo cedo ver que eu estava sozinho. Professores, amigos, parentes, ninguém, absolutamente ninguém podia
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XV continuação... Mais algumas frases para analisarmos... “Cada homem está aonde está pela lei do seu ser. Os pensamentos que ele tem construído dentro de seu caráter fabricaram literalmente o filme que ele vive, e na organização de sua vida não existe nenhum elemento de sorte, mas tudo é o resultado de uma lei que não pode errar, você constrói o filme da sua vida”. “Isso é tão verdade em relação àqueles que se sentem "em desarmonia" com o seu meio, como aos que estão “contentes” com ele”. “Como um ser progressivo e em evolução, o homem está aonde ele está para que ele possa aprender, que ele pode crescer; e ao aprender a lição espiritual que cada circunstância contém para ele, ela vai embora e dá lugar a outras circunstâncias”. “O homem é golpeado pelas circunstâncias enquanto ele pensar que é uma criatura de condições externas, de pele e osso. Mas quando ele entende que ele é um poder criativo, e que ele pode comandar o solo oculto e
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XIV continuação... Vamos analisar algumas frases de estudiosos... "Como um homem pensa em seu coração assim ele é". “Um homem vive literalmente o filme construído pelos seus pensamentos”. “Assim como a planta brota, e não poderia existir sem a semente, da mesma forma cada experiência que vivemos, brota das sementes ocultas do pensamento”. “A experiência vivida é o florescer do pensamento, e, alegria e sofrimento são seus frutos; deste modo um homem experimenta o fruto doce ou amargo de sua própria seara”. “O homem é uma projeção Divina, e não uma criação por acaso, seus poderes são inimagináveis, sua vida, sua experiência, depende quase que exclusivamente dos seus pensamentos.” “O homem é feito ou desfeito por si mesmo; ele escreve, dirige e vive o seu próprio filme, forjando as armas com as quais destrói a si próprio. Ou, então, criando as ferramentas com as quais constrói uma experiência digna, rica e feliz, se assim o seu coração desej
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XIII continuação... Praticamente todas as religiões ocidentais, embora tenham fortes divergências com as orientais até aqui analisadas, convergem entre si na questão relacionada com a vida eterna onde, o importante, o verdadeiro objetivo está diretamente relacionado com a vida eterna, ou seja, a vida depois desta que conhecemos como vida. O catolicismo, o protestantismo, o evangelismo, defendem juntas que, estamos aqui nesse meio, nessa existência, com a finalidade de nos prepararmos, nos purificarmos e nos desenvolvermos para a verdadeira vida – que eles pregam – para que possamos conquistar o paraíso na vida eterna. Assim, podemos dizer que todas essas religiões, tem em comum a crença de que essa vida que experimentamos, não é a verdadeira vida. Nesse ponto, podemos ver a primeira coincidência com as teorias do CONCEPTUALISMO, ou seja, essa realidade que acreditamos existir, não passa de uma fase, de apenas uma passagem por esse espaço de tempo.
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XII continuação... Assim como no Budismo, verificamos que a Seicho-No-Ie também nos oferece uma série de evidências sobre a realidade, o mundo paralelo que nós criamos e passamos a acreditar como sendo verdadeiro. Vamos analisar as seguintes afirmações: "Não existe matéria, como não existem doenças: quem criou tudo isso foi o coração... Segue-se disso que a doença pode ser curada com o coração...". Estas fráses são incisiva: “NÃO EXISTE MATÉRIA”. Aqui, não se trata apenas uma questão de interpretação. As palavras são simples, objetivas e diretas. “COMO NÃO EXISTEM DOENÇAS”. Portanto, fica fácil deduzir que se não há matéria, mas imaginamos uma, está imaginação está suceptivel a doenças, que também inventamos. “QUEM CRIOU TUDO ISSO FOI O CORAÇÃO”. O coração aqui se refere a nossa mente, a nossa consciência, àquela adquirida por Adão que iniciou o processo de criação deste mundo que acreditamos conhecer, desse mundo que temos construi
Conceptualismo – O Segredo de Deus – XI continuação... Vamos ver o que outras religiões tem em comum com o CONCEPTUALISMO. A Seicho-No-Ie (Lar do Progredir Infinito, numa tradução livre) surgiu em fins de 1929, mas oficialmente sua fundação se deu no dia 1.º de março de 1930, data da publicação do 1.º número da revista Seicho-No-Ie. Seu fundador, Dr. Masaharu Taniguchi, fora um jovem ávido por conhecer a Verdade, a Verdade que liberta, conforme o ensinamento de Jesus Cristo. Na época, o Japão passava por grandes problemas: em 1.º de setembro de 1929 ocorrera o Grande Terremoto de Kantô, que atingiu duramente a principal ilha do arquipélago japonês, Kyushu; e o Crack da Bolsa de Nova York, que afetou a vida financeira de um Japão que começava a se industrializar. Pessoalmente, o Dr. Taniguchi estava recém-casado, com uma filha pequena e sofrendo de tuberculose. Dada sua formação religiosa, tendo estudado diversas religiões, entre elas a Oomoto e a Ittoen, o Dr. Taniguchi foi buscar na
Conceptualismo – O Segredo de Deus – X continuação... Os ensinamentos de Buddha... A verdade diz: "Não existe mente”, então que tipo de estado você está buscando? Isto é difícil de se entender. Pessoas vivem dizem: "Gostaríamos de alcançar um estado silencioso de mente". Elas pensam que a mente pode ser silenciada; a mente nunca pode ser silenciada. Mente significa a confusão, o problema, a doença; mente significa a tensão, o estado de angústia. A mente não pode ficar em silêncio; quando há silêncio, não há mente. Quando o silêncio vem, a mente desaparece; quando a mente está lá, o silêncio não mais está. Então não pode haver mente silenciosa, assim como não pode haver doença saudável. É possível haver uma doença saudável? Quando há saúde, a doença desaparece. O silêncio é a saúde profunda; a mente é a doença profunda, o distúrbio profundo. Buddha chamou o seu discípulo predileto, deu a ele uma flor e disse “Aqui entrego-te a chave”. O que é a chave? Silêncio e riso
Conceptualismo – O Segredo de Deus – IX continuação... Para podermos entender o CONCEPTUALISMO, faz-se necessário acessar a concepção verdadeira, o mundo verdadeiro, não este que sempre acreditamos ser. Todos os julgamentos que fazemos, sobre nós sobre o universo e sobre a própria vida, tem como base todas as informações que acumulamos durante nossa existência. Usamos, em outras palavras, o nosso intelecto. O grande problema, é que esse intelecto, foi formado com informações erradas, passadas durante as gerações que se seguiram, onde ainda podemos dizer que somos seres que, para explicar a própria existência, temos que fazer uso da mitologia. Sim, a velha e equivocada mitologia, onde sempre achamos uma explicação para tudo o que não entendemos. No céu existe o trovão, por que o deus Thor, vê-se furioso e bate com o seu poderoso martelo. O mar, quando revolto, deve-se ao descontentamento – por algum motivo – do deus Netuno e assim sucessivamente... Embora a ciência tenha evoluído, aind
Conceptualismo – O Segredo de Deus – VIII continuação... Depois de falarmos sobre o paralelo entre o sonho e a realidade, podemos continuar com os nossos estudos sobre “os pensamentos que acabam se tornando isso que nos ensinaram a ver como realidade”. "O Homem é o Que Ele Pensa". Quando Emerson disso isso, depois de muita controversia, aos poucos o mundo foi entendendo e aceitando melhor. Na verdade, do ponto de vista do pensamento coletivo, ele estava e continua certo em sua afirmação. Diríamos que esse posicionamento filosófico esta quase que completo. A diferença, no entanto, reside exatamente no que chamamos e de como vemos essa realidade. De fato, todos vivemos exatamente os pensamentos que predominam em nossa mente. Uma idéia, capaz de gerar imagens, pensamentos, sentimentos... tende a se tornar o padrão de nossas vidas. Mas, esse padrão, não quer dizer que seja a realidade. Esse padrão de vida, torna-se sim a linha de fatos e acontecimentos que passaremos a experimen