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Mostrando postagens de dezembro, 2019

Agora, agora eu tenho que ir mesmo.

Ela tocou o meu braço esquerdo, me olhou pela última vez, se virou e saiu andando. Eu a acompanhei com os olhos e, para minha surpresa, em vez de vê-la caminhando por entre os demais que estavam presentes, eu só consegui mesmo ver a estrada novamente. Sim! Ela estava caminhando agora por aquela estrada que eu tive a visão ainda há pouco, uma estrada linda, repleta de árvores com suas folhas avermelhadas, lembrando e muito o Outono, uma estrada sem veículos e sem tumulto, livre, tranquila e sóbria. Consegui ainda vê-la caminhando até uma curva que se fechou a direita, engolindo sua imagem para sempre. Um vento leve começou a varrer as folhas secas que ameaçavam alçar voo sem um destino premeditado, e assim, essa cena se encerrou, estática e eterna, como uma pintura emoldurada em uma parede do meu coração. Confesso que, sem pedir licença, a tristeza invadiu minhas muralhas arvorando suas bandeiras na linha de frente. Ela se foi, a estrada se foi, mas eu não conseguia para de olhar par