Conceptualismo – O Segredo de Deus - XXII...
Conceptualismo – O Segredo de Deus XXII Aqui, mais uma vez, Kant atribui essa noção à atividade construtivista da mente. Ele não busca nada no fenômeno sensível, nos sons ou no tato. Os objetos do entendimento não contêm nada, e as ideias da razão também não; agora, ele nem sequer concede valor às afirmações da faculdade do juízo. A realidade, como uma afirmação pura, cai no vazio porque os arquétipos — em função dos quais um objeto se ajusta — são, na verdade, outras construções a priori. A faculdade do juízo lança sobre a variedade dos objetos as finalidades formais, como os gêneros e as espécies. Ela organiza tudo de forma que tenhamos a impressão de que certas coisas existem, porque se ajustam a essas finalidades formais, mas elas não são assim na ordem efetiva. Isso ocorre porque os próprios arquétipos não se constituem em módulos de valor ontológico. Em Platão, os modelos eram absolutos e até realidades em um mundo além. Aristóteles, de forma mais moderada, situou as essê...