A busca pela felicidade que gera infelicidade ...
É uma armadilha
sutil, quase cruel, que a mente moderna nos prega. Somos incansavelmente
incentivados a desejar mais, a buscar o "melhor", a nos fixar no que
é superior, no futuro glorioso. Mas, ironicamente, essa fixação incessante no
positivo, no idealizado, não nos impulsiona para a frente; ela apenas nos
prende ao passado e ao presente de uma forma muito dolorosa.
A Tirania do
"Deveria Ser"
O desejo obsessivo
de ser mais, ter mais, ou ser "melhor" que o vizinho, termina, no
fundo, como um incessante e cruel lembrete de nossa falta. É um espelho que, em
vez de refletir o que somos, projeta a imagem do que não somos, do que nos
escapou, e do que já "deveríamos ter conquistado", mas ainda não
conseguimos.
É a tirania do
"deveria ser". E essa tirania alimenta o ciclo da insatisfação.
Pense bem: nenhuma
pessoa realmente feliz sente necessidade de ficar se afirmando que é feliz para
si mesma no espelho. Ela não precisa de mantras diários sobre a própria
felicidade. Ela simplesmente é. A felicidade genuína não é uma performance que
precisa ser ensaiada ou anunciada; é um estado de ser, quieto e suficiente.
Se você passa o
tempo todo sonhando em ser uma pessoa mais rica, mais magra, mais bem-sucedida
ou mais ..., você está inconscientemente reforçando a mesma realidade que tenta
desesperadamente fugir: você não é aquilo. Sua obsessão é o maior testemunho da
sua carência. O desejo de se tornar Y apenas sublinha que você é X, e isso não
é suficiente.
A Libertação de se
Importar Menos
O segredo para uma
vida mais plena e mais calma raramente é adicionar mais um item à lista de
"coisas que preciso ter" ou "coisas que preciso ser". Pelo
contrário, a chave reside em uma profunda e revolucionária subtração.
O verdadeiro ato
de libertação não é precisar de mais coisas; é se importar com menos.
Precisamos desviar
nossa energia mental dos milhares de "deverias ..." e "e se ..."
que a cultura do desejo nos impõe. O foco deve migrar para o que é verdadeiro,
imediato e importante.
O que é
verdadeiro? O chão sob seus pés, a respiração em seus pulmões, o problema que
você pode resolver agora.
O que é
importante? Seus valores fundamentais, seus relacionamentos mais íntimos, sua
saúde. Não a próxima conquista na rede social ou o elogio do estranho.
Ao parar de lutar
para ser o ideal e começar a ser o que se é – focando no pequeno círculo de
coisas que realmente estão sob seu controle e que merecem sua atenção –, o
paradoxo se desfaz. A infelicidade causada pela busca obsessiva pelo ideal
feliz dá lugar a uma quietude surpreendente.
O que se busca com
tanto fervor no futuro, talvez, só possa ser encontrado ao se permitir ser
menos obcecado com o que falta e mais presente com o que já existe. É na aceitação
despretensiosa do agora que a verdadeira suficiência se instala.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
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