A crítica como espelho: onde a opinião alheia realmente mora ...


04 de julho de 2024

Com o tempo, a maturidade filosófica nos presenteia com uma das lições mais libertadoras: a imunidade à ofensa. Aprendemos que a crítica e a opinião alheia raramente nos definem; elas, na verdade, revelam a topografia interior de quem as profere.

A necessidade incessante de julgar ou criticar o outro é, quase sempre, um mecanismo de projeção. O incômodo que sentimos em relação a alguém é apenas o reflexo distorcido de uma sombra ou frustração que reside em nosso próprio inconsciente. O que é vocalizado sobre o outro é, essencialmente, o que o crítico não consegue aceitar ou resolver em si mesmo.

Ao internalizar essa verdade, ganhamos uma armadura emocional. Não podemos mais nos ofender com o que não nos pertence. A crítica se torna, então, uma informação neutra sobre o estado mental do emissor, e não sobre o nosso valor.

Este discernimento, no entanto, deve ser aplicado com rigorosa honestidade. A regra do espelho também se volta para dentro: quando a impulsividade nos leva a falar mal de alguém, é o momento de pausar e investigar. Qual falha, qual medo ou qual insatisfação estou projetando?

Reconhecer que toda crítica, recebida ou emitida, é primariamente uma conversa interna, é o caminho para a autonomia. É a chave para a paz que nos liberta da necessidade de nos defender e nos convida à autocrítica construtiva.

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

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