A raiz do ódio: por que o malfeito reflete a dor interna ...
10 de julho de 2024
A serenidade diante da agressão
alheia é uma das conquistas mais elevadas da autoconsciência. Chega um momento
em que compreendemos que não podemos mais nos permitir ser contaminados pela
irritação que o malfeito provoca.
A chave para essa imunidade
emocional reside na compreensão de que a maldade — expressa em palavras e atos
de ódio — não é um ataque à nossa pessoa, mas sim um sintoma eloquente de
sofrimento interno. Ninguém que verdadeiramente cultiva o amor-próprio e o
contentamento sente a necessidade de maltratar ou diminuir o outro. O ódio é
sempre uma projeção da dor, da insatisfação e da sombra que o agressor carrega
em seu próprio universo interior.
Essa compreensão não é um endosso ao
comportamento destrutivo, mas uma estratégia de autodefesa filosófica. Ao
reconhecer a origem da agressão no trauma ou na carência alheia, rompemos a
cadeia reativa. O malfeito perde seu poder de nos ofender ou desestabilizar.
A resposta mais sábia, então, é a compaixão
lúcida. É necessário, na medida do possível, tentar compreender essa dor e, se
o contexto permitir, oferecer um caminho para a cura. Se não pudermos ajudar
diretamente, podemos, pelo menos, nos recusar a absorver o veneno, protegendo
nossa paz interior e mantendo a integridade da nossa essência.
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pode estar precisando."
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