O paradoxo da escolha: a liberdade não está em evitar a dor, mas em escolhê-la ...

18 de junho de 2024

Após uma longa e ingênua perseguição pela miragem da felicidade isenta de fricção, a maturidade existencial nos traz uma verdade libertadora: a vida, em sua essência, não é desprovida de sofrimento. A busca por uma existência anestesiada é, em si, a fonte de maior frustração.

Se a insatisfação com a forma física nos aflige, podemos buscar o corpo ideal, aceitando a "dor" disciplinar da academia por anos. Se a solidão se impõe, podemos buscar a companhia, cientes de que todo relacionamento exige a "dor" do compromisso, da negociação e do desafio mútuo. 

Se a carreira atual gera tédio, podemos almejar um alto nível, sabendo que isso significa a "dor" da renúncia ao ócio e ao tempo familiar.

A essência desta epifania é clara: não se trata de eliminar o sofrimento, mas de refinar a arte da escolha consciente. A liberdade não está em fugir da dor, mas em abraçar o desconforto que serve a um propósito maior e alinhado aos nossos valores.

Ao identificarmos qual tipo de "dor" – disciplinar, relacional ou sacrificial – estamos dispostos a pagar pelo que realmente importa, nossas decisões se tornam imensamente mais conscientes. Deixamos de ser vítimas de dores aleatórias e nos tornamos autores, escolhendo o sofrimento que nos eleva.

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

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