A virtude: como a humildade cessa o sofrimento ...

24 de maio de 2024

O convite à gratidão, inclusive pela dor, repousa na nossa inegável limitação: a compreensão humana do Universo é diminuta demais para que possamos julgar o fluxo da vida. A postura de lamentação, queixa ou condenação de fatos é, em essência, um ato de presunção que nos afasta da sabedoria.

O ponto de partida da filosofia, como nos ensinou Sócrates, é a consciência da própria ignorância: o filósofo se distingue por saber que "muito pouco sabe sobre o saber". Despir-se desse orgulho intelectual evita o sofrimento gerado pela nossa revolta. O descontentamento surge quando a realidade não se conforma aos nossos planos e, por nos acharmos perfeitos, saímos à caça de um culpado.

Essa busca incessante por um bode expiatório – seja ele um evento, uma pessoa ou, na extrema arrogância, o próprio Criador – revela a incapacidade de aceitar a contingência.

O caminho virtuoso é a aceitação estoica: discernir aquilo que não se pode controlar e, primeiramente, agradecer a existência tal como ela se apresenta, inclusive em suas asperezas. Só então podemos agir sobre a única coisa que está em nosso poder – o nosso caráter e as nossas escolhas. Julgar é uma perda de tempo; aceitar e, em seguida, redirecionar seus passos é um ato de maturidade, pois, quer aceite ou não, você é inteiramente responsável pelos seus resultados.

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

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