Harmonia da tensão: a beleza de viver na dualidade ...
25 de maio de 2024
A essência da existência reside na Dialética
dos Opostos. A luz só é concebível pela escuridão; o doce se define pelo
amargo; o prazer, pela sombra da dor. Este não é um mero contraste, mas uma
relação de interdependência, uma unidade indissociável onde cada polo
confere sentido ao outro — o Logos dos antigos gregos.
Ilude-se quem busca uma vida
unilateral, despojada de conflito ou sofrimento. A busca pela felicidade pura e
a esquiva total da dor configuram uma negação da própria condição humana. A
experiência plena da vida exige a aceitação dessa inerente bipolaridade,
reconhecendo a tristeza e o amargo não como falhas, mas como parte integrante e
necessária da grande moeda da existência.
A diferença reside, portanto, não na
presença ou ausência da dor, mas na atitude que assumimos diante dessa
inevitabilidade.
Podemos nos entregar à face amarga,
vestindo a manta da vitimização e transferindo ao mundo a culpa pela nossa
infelicidade. Ou, munidos de consciência, podemos transformar a tensão dos
opostos em motor de crescimento, erguendo a própria felicidade pela força da
vontade. A dor é um fato, mas o sofrimento prolongado é uma escolha.
Essa é a nossa liberdade radical. A
face da moeda que será vivida hoje é determinada, a cada instante, por você.
"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem
pode estar precisando."
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