Rumi e a alquimia da dor: por que a luz entra na ferida ...
01 de abril de 2024
O poeta persa Rumi, no século XIII,
nos legou uma das mais profundas sínteses sobre a condição humana: “A ferida é
o lugar por onde a luz entra em você.”
Essa sabedoria não é um convite ao
masoquismo, mas uma radical afirmação da vulnerabilidade como portal. Tendemos
a encarar a ferida – seja ela física, emocional ou existencial – como um sinal
de falha, algo a ser escondido e suturado o mais rápido possível. Rumi nos
convida a inverter essa lógica: a rachadura na nossa armadura é, na verdade, uma
abertura.
A dor e o trauma destroem as ilusões
de invulnerabilidade e a rigidez do ego. São nesses momentos de fissura que
somos forçados à introspecção, obrigados a repensar nossas bases e a nos
conectar com algo mais profundo e essencial. A Luz mencionada não é apenas o
conhecimento ou a epifania, mas a própria vida em sua plenitude, a capacidade
de sentir compaixão e a possibilidade de um crescimento que seria impossível na
zona de conforto.
Rejeitar a ferida é rejeitar a
chance de ver o mundo sob uma nova e brilhante perspectiva. Devemos, pois,
acolher as cicatrizes, pois elas são os mapas de nossas superações e a prova de
que a nossa maior fragilidade é também a nossa maior força.
"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem
pode estar precisando."
m. trozidio
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