O eco da ferida: por que quem não se ama desrespeita o outro ...
14 de abril de 2024
A maneira como tratamos o mundo é um
espelho implacável do nosso estado interno. Quando cultivamos a paz íntima e
aceitamos a totalidade do nosso ser, a necessidade de conflito ou de
autoafirmação agressiva se dissolve. A consideração e o respeito pelo próximo
fluem naturalmente, pois a nossa integridade não se sente ameaçada pela
presença alheia.
Por outro lado, o desprezo e a
necessidade de menosprezar revelam uma profunda carência ontológica. Quem
precisa diminuir o valor do outro está, invariavelmente, tentando compensar um vazio
interior. Essa postura destrutiva é a manifestação de um ego ferido, que pode
ter suas raízes na desconsideração vivenciada na infância ou na sensação
paralisante de insignificância na vida adulta.
O agressor projeta no alvo a dor que
não consegue processar. Ele tenta elevar-se pisando, numa tentativa desesperada
de encontrar a validação que nunca recebeu de forma saudável.
Portanto, o respeito não é apenas
uma regra social; é o subproduto de um eu pacificado. A tarefa de tratar o
outro com dignidade começa, imperativamente, com a negociação da paz dentro de
nós mesmos.
"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem
pode estar precisando."
m. trozidio
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