A Filosofia das estações: como aceitar os ciclos de nossas vidas ...
12 de dezembro de 2023
A chegada do inverno aqui em Lisboa
é mais do que uma simples mudança climática; é uma lição de filosofia natural.
Com as manhãs progressivamente mais geladas, a Natureza reafirma sua lealdade
inabalável aos ciclos — do outono para o frio intenso, e depois,
invariavelmente, para a primavera. Não há súplica que faça a terra pular uma
estação, nem protesto que acelere o degelo.
Da mesma forma, nossa existência é
governada por um ciclo implacável de estações interiores. Temos nossos verões
de intensa felicidade e crescimento, nossos outonos de colheita e transição, e
nossos invernos: períodos de estagnação, dificuldade, luto ou aparente
esterilidade. É natural que tentemos resistir a esses "tempos ruins,"
encarando-os como falhas pessoais ou desvios do curso.
A sabedoria da aceitação reside em
internalizar a inevitabilidade desse fluxo. O inverno da vida não é um erro; é
uma fase necessária. É o tempo do recolhimento, da hibernação das sementes e da
reestruturação silenciosa. Sem o frio que mata o velho, não há espaço para a
nova vida que a primavera trará.
Portanto, diante de qualquer estação
que pareça áspera – seja ela uma crise profissional, um luto emocional ou uma
fase de dúvida – devemos nos lembrar da promessa da Natureza: tudo passa. O
sofrimento não é permanente. O verdadeiro crescimento existencial acontece
quando paramos de lutar contra o ciclo e aprendemos a confiar na sua mecânica,
sabendo que a estação atual está, silenciosamente, preparando o terreno para a
próxima fase.
"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem
pode estar precisando."
m. trozidio
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