Todos nós, nascemos na plenitude ...
21 de dezembro de 2023
O Paradoxo da Criação: Construímos o
Nosso Próprio Inferno?
A crença de que fomos dotados de uma
essência perfeita — um "Paraíso" inerente à nossa criação — é o ponto
de partida para a reflexão. Nossa condição original seria, portanto, de plenitude
e perfeição. Não se trata de uma meta a ser alcançada, mas sim de um estado a
ser redescoberto, pois ele já existe como nosso eu mais natural.
O grande paradoxo reside no livre-arbítrio.
Essa dádiva, que nos permite a autonomia da escolha, é paradoxalmente a
ferramenta que usamos para nos aprisionar. Inconscientemente, movidos por
medos, apegos e desvios de rota, investimos uma energia colossal na construção
de verdadeiros infernos existenciais. Esses infernos não são lugares
geográficos, mas sim estados internos de sofrimento, culpa e constante
insatisfação.
A grande inversão filosófica que
precisamos fazer é simples e radical: não precisamos construir o Paraíso. Ele
já está ativo. O verdadeiro trabalho não está na busca por uma utopia externa,
nem na luta para "ser mais pleno".
A tarefa essencial é cessar a
construção do inferno. É reconhecer os padrões de pensamento e as escolhas
inconscientes que nos afastam da nossa natureza original e, finalmente, exercer
o livre-arbítrio para escolher a pausa, desmantelando as estruturas de dor que
nós mesmos erguemos. A libertação é parar de se sabotar.
"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem
pode estar precisando."
m. trozidio
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