O juiz interior: por que nós somos nossos próprios castigadores ...
26 de dezembro de 2023
Contrariando o imaginário popular,
que frequentemente projeta o mal-estar para uma punição divina ou para as
forças externas do destino, a verdade mais difícil de encarar é que as nossas
mais profundas perturbações e castigos emanam de uma única fonte: o nosso
interior.
A angústia existencial, o sentimento
de culpa e a incessante insatisfação não são impostos por uma entidade
superior; são, na verdade, autoconstruídos. Através de escolhas, omissões e
desvios morais — muitas vezes executados de forma inconsciente — ativamos um
sistema interno de penalização. O inferno, como disse Sartre, são os outros,
mas o tribunal da alma somos nós que o estabelecemos.
É por essa razão que a busca pela paz
não é um exercício de acalmar o mundo lá fora, mas de harmonizar o mundo aqui
dentro.
A consciência é o nosso árbitro
moral mais severo. Estar em paz com a consciência significa ter a integridade
de viver alinhado com o seu melhor conhecimento e as suas verdades mais íntimas.
Quando há congruência entre o ser e o agir, o autojulgamento
silencia. A libertação final não está na absolvição externa, mas na reconciliação
consigo mesmo.
"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem
pode estar precisando."
m. trozidio
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