As cartas da vida: a sabedoria de jogar com o que se tem ...

16 de dezembro de 2023

A vida, como o pôquer, não nos oferece o conforto da escolha prévia. Nenhum jogador decide quais cartas terá em mãos; elas surgem com uma necessidade quase mecânica. Essa é a primeira e mais crucial lição: somos lançados em um cenário com recursos e limitações que não escolhemos – talentos inatos, histórico familiar, circunstâncias sociais e crises inesperadas.

Você acerta ao notar que a palavra "aparentemente" é mais precisa do que "aleatória". Na verdade, a aleatoriedade é um conceito que a mente humana utiliza para mascarar a nossa falta de entendimento sobre as complexas leis de causa e efeito que governam o universo. Não há caos, há apenas uma ordem que transcende nossa capacidade de cálculo.

O mau jogador e a mente neurótica perdem tempo e energia preciosos numa lamentação estéril sobre as cartas que gostariam de ter recebido. Focam no incontrolável. O bom jogador, no entanto, demonstra a sabedoria existencial. Ele aceita o fato das cartas (a realidade imposta) e direciona toda sua inteligência e foco para a arte de jogar com o que está em suas mãos.

É a diferença entre o fatalismo passivo e o esforço ativo. A excelência de nossa jornada não é medida pela qualidade de nossas cartas iniciais, mas pela engenhosidade e coragem com que manipulamos as probabilidades. A vida não se trata de ter a melhor mão, mas de ser o melhor jogador, independentemente da mão. Essa é a verdadeira maestria.

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

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