A segurança na insegurança: o poder do Momento Mori ...
14 de novembro de 2023
Um dos pilares mais paradoxais do
Budismo ensina que a segurança que tanto almejamos não reside na estabilidade
externa, mas sim na aceitação radical da insegurança inerente à existência.
Essa doutrina desmantela a ilusão de que podemos ter os pés firmemente
plantados sobre um chão imutável. A verdade pungente é que a vida é um fluxo
contínuo; a permanência é a única garantia de que nada é permanente.
Essa sabedoria milenar encontra um
eco poderoso na tradição filosófica ocidental do Memento Mori — a
lembrança constante da morte. Essa prática não é mórbida; é, na verdade, um
catalisador para a vida. Ao confrontarmos a nossa finitude e a inevitabilidade
da impermanência, somos forçados a valorizar o presente e a agir com propósito.
A verdadeira estabilidade, portanto,
é psicológica: é a paz que surge quando paramos de lutar contra a natureza
transitória da realidade. Ao internalizar a insegurança como a condição
fundamental da vida, libertamo-nos da ansiedade da perda e encontramos uma segurança
interior que o mundo jamais poderá nos tirar. O reconhecimento da morte é a
arte de viver plenamente.
"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem
pode estar precisando."
m. trozidio
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