O enigma estoico: lutar sem a tirania do tempo ...
27 de outubro de 2023
O pensamento de Zenão de Cítio,
fundador do Estoicismo, ressoa em um paradoxo essencial: entregar-se ao fluxo
da vida não é rendição, mas sim o mais alto nível de ação consciente.
Muitos confundem a aceitação estoica
com passividade, mas ela é a recusa em desperdiçar energia com o incontrolável.
Fazer o nosso melhor é um imperativo moral, uma obrigação para com a nossa
virtude. Contudo, essa ação deve estar desvinculada de "expectativas
prejudiciais" sobre o resultado.
A verdadeira libertação reside em
nos desvencilharmos da "praga da meta do tempo". O universo, regido
por uma ordem causal complexa (Logos), não se curva à nossa ansiedade por relógios
e calendários. Ao abandonarmos a pressão pelo timing perfeito,
ironicamente, aceleramos a manifestação de nossos objetivos.
Isso ocorre porque, ao agir sem a tirania
do prazo, libertamos nossa mente da frustração e do medo, permitindo que a
razão e a virtude guiem a ação. O Estoicismo nos ensina que a felicidade (Eudaimonia)
reside na qualidade da nossa intenção e do nosso esforço (o que controlamos),
não na resposta externa do cosmos (o que não controlamos). O fluxo da vida,
então, torna-se a harmonia entre o dever cumprido e o destino aceito.
"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem
pode estar precisando."
m. trozidio
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