O espelho do sábio: o que o mal do outro revela sobre você? ...
29 de outubro de 2023
O Mestre chinês K’ung Chung-ni, mais
conhecido no Ocidente como Confúcio (nascido em 552 a.C.), destilou uma
sabedoria essencial na máxima: “Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo;
quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo.”
Essa sentença é um guia ético contra
a praga do julgamento. Ela nos ensina que a atitude mais grave não é a falha
alheia, mas a nossa arrogância moral ao condená-la. O erro fundamental reside
em transformar o outro em um mero objeto de crítica, esquecendo a complexidade
da condição humana.
A profundidade dessa lição reside na
autossondagem. Ao nos sentirmos tentados a essa grave falha de julgar, o sábio
se volta para dentro. O espelho da imperfeição do outro nos confronta com o
nosso próprio passado, com as "sombras" e deslizes que já cometemos
em nossa jornada.
A lembrança vívida da nossa própria fragilidade
e dos nossos erros passados é o antídoto imediato contra a vontade de julgar. O
julgamento se dissolve na empatia lúcida. Em vez de apontar o dedo, a reflexão
nos impulsiona à humildade, reconhecendo que somos todos aprendizes no mesmo
caminho, suscetíveis às mesmas falhas. A moralidade começa, e termina, no exame
de si.
"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem
pode estar precisando."
m. trozidio
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