O tribunal silencioso: como o inconsciente nos condena à culpa eterna ...
08 de agosto de 2023
Em nossa profundidade psíquica
reside um arquivo inacessível, uma vasta "biblioteca" de memórias e
experiências que governa grande parte dos nossos estados emocionais. Muitas
vezes, o sentimento inexplicável que nos assola é apenas o eco ressonante desse
universo desconhecido que carregamos.
Neste banco de dados interno, as culpas
e os resquícios de erros passados exercem um peso psicológico inimaginável.
Elas se manifestam como uma autopunição sutil e persistente, um mecanismo
inconsciente que parece desejar nos manter cativos do que já foi. Por mais
sincero que seja o nosso arrependimento, a tarefa de auto perdão – a eliminação
real e definitiva dessa culpa – é muito mais árdua do que qualquer perdão
externo.
É neste abismo que intervém a Consciência.
Estar e ser consciente da nossa
falibilidade intrínseca – de que somos humanos, e, sim, sujeitos ao erro – não
apaga a ação passada, mas começa a amenizar a ferida aberta. O verdadeiro
antídoto não está apenas no arrependimento, mas na ação futura: aprender com o
passado, praticar a vigilância e evitar reincidências.
Aprender com o erro é o único
caminho para que a Consciência possa, gradualmente, reescrever as sentenças do
Inconsciente. Mas lembre-se: perdoar a si mesmo é uma tarefa contínua, a mais
difícil das conquistas pessoais.
"Se essa mensagem tocou
você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m. trozidio
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