O vazio da distância: a dor entre o ser e o devir na visão de Nietzsche ...

22 de agosto de 2023

A dor existencial que aflige grande parte da humanidade parece residir, de fato, no abismo entre o que somos e o que ardentemente desejamos ser. É a tensão constante entre a realidade crua do presente e a visão idealizada do nosso potencial ou da nossa vida almejada.

Essa não é uma mera insatisfação superficial; é uma laceração filosófica que, ousamos dizer, certamente ressoou na alma de pensadores como Friedrich Nietzsche. O filósofo que clamava pelo "Além-Homem" (ou Übermensch) estava, fundamentalmente, confrontando essa mesma distância: a diferença dramática entre o homem medíocre, atrelado a valores obsoletos, e aquele que consegue superar-se e criar o seu próprio sentido.

A chave para atenuar essa dor não é diminuir o desejo, mas sim assumir a responsabilidade por essa distância. Em vez de lamentar a disparidade, o caminho reflexivo é transformá-la em impulso criativo. A dor, então, deixa de ser um sinal de falha e se torna o catalisador para o eterno processo de autossuperação. É no ato de buscar reduzir essa distância que a vida ganha seu significado mais profundo e a dor se converte em vontade de poder.

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

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