O verdadeiro poder da ofensa ...
17 de junho de 2023
A ofensa não mora na boca de quem a
profere, mas na permissão de quem a recebe. Essa é uma verdade libertadora que
raramente paramos para digerir. Um insulto, uma crítica, uma provocação — todas
são apenas palavras vazias até que nosso próprio julgamento as dote de
significado e as transforme em algo pessoal e doloroso.
A reatividade é o reflexo imediato
de um ego ferido, uma resposta emocional que nos rouba a consciência e a paz.
Em vez de ceder a essa impulsividade, a verdadeira maestria reside em um
momento de pausa. É nesse espaço de silêncio, de uma respiração consciente, que
reencontramos nosso centro.
Ao reconhecermos que o poder de nos
atingir está em nós, e não no outro, desarmamos a ofensa. O agressor, nesse
cenário, deixa de ser uma ameaça e se torna apenas um reflexo de suas próprias
limitações. A frase de Sócrates, "Se você soubesse de todos os meus
defeitos, você não diria somente isso!", ecoa essa sabedoria com
profundidade, transformando a tentativa de humilhação em uma revelação da nossa
própria humanidade. É uma forma de dizer: o que você vê é apenas a superfície;
a verdadeira complexidade do meu ser, com todas as suas falhas e virtudes,
transcende a sua compreensão limitada. Ao nos distanciarmos, nos tornamos
invulneráveis e, no fim, livres.
"Se essa mensagem tocou
você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m. trozidio
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