Por mais uma vez, Sêneca...

“A paz de espírito consiste em sua maior parte em não fazer nada errado. Os desprovidos de autocontrole vivem vidas desorientadas e perturbadas.”

- SÊNECA, CARTAS MORAIS, 105.7

Considere os foragidos que se entregam voluntariamente depois de anos em fuga. Por que eles fazem isso? Eles estavam livres, um passo à frente da lei, mas desistiram! Porque a culpa e o estresse da vida fugitiva acabam se tornando pior que a perspectiva da perda da liberdade — e viraram, de fato, um tipo particular de prisão.

Essa é a mesma razão pela qual, quando criança, você pode ter confessado uma mentira para seus pais, que de nada desconfiavam. É a razão pela qual uma pessoa pode admitir de livre e espontânea vontade uma infidelidade devastadora — ainda que o parceiro dela não tivesse a menor ideia. “Por que você está me contando isso?”, grita a mulher traída enquanto sai pela porta. “Porque as coisas têm sido tão boas e eu não aguentava mais isso!”

A má ação envolve custos imensos, não apenas para a sociedade, mas para o perpetrador. Olhe para a vida da maioria das pessoas que rejeitam a ética e a disciplina, e para o caos e o sofrimento que tantas vezes se seguem. Essa punição é quase sempre tão ruim ou pior do que qualquer pena que a sociedade inflija. É por isso que tantos criminosos confessam ou se entregam voluntariamente. Eles nem sempre permanecem fiéis a isso, mas no momento mais difícil, finalmente se dão conta: isso não é jeito de viver. Querem a paz de espírito que vem com o agir corretamente. E você também.

m. trozidio

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