O paradoxo da felicidade: por que a busca constante pode ser a armadilha ...
02 de fevereiro de 2023
A busca incessante pela felicidade,
um objetivo tão almejado, paradoxalmente, nos afasta dela. A tentativa de
eliminar a insegurança, o fracasso e a tristeza — as chamadas emoções negativas
— é o que nos torna mais ansiosos e infelizes.
A Lei do Esforço Invertido, como
batizada por Alan Watts, revela o cerne dessa contradição: quanto mais tentamos
nos sentir seguros, mais a insegurança nos assola; quanto mais boiamos, mais
afundamos.
Para encontrar a verdadeira paz,
talvez precisemos abraçar a incerteza e nos familiarizar com o fracasso. Essa
ideia não é nova; ela ressoa com a filosofia dos estoicos, que valorizavam a
preparação para o pior, e com o budismo, que ensina que a verdadeira segurança
reside na aceitação da insegurança.
A tradição medieval do Memento Mori
também nos lembra que a consciência da morte pode dar mais valor à vida.
O verdadeiro bem-estar pode não
estar na erradicação do negativo, mas em uma nova abordagem: a aceitação e, até
mesmo, a valorização de todas as experiências humanas. A felicidade, então, não
é um destino a ser alcançado, mas uma jornada que se constrói na aceitação de
todas as suas nuances, positivas e negativas.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio
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