Um diálogo do meu novo livro, ainda em revisão...

— Quem sou eu?

— Você?

— Você, sou EU! Acredite ou não, aceite ou não, mas a verdade continuará sendo essa. Você me vê como um ser inteligente, poderoso que num piscar de olhos pode mudar toda a sua vida, pois sim, quanto mais poder e força você atribuir a mim, mais difícil será aceitar essa verdade de que você sou eu.

... minha cabeça novamente se perdia junto com a bruma que ainda se desprendia da terra subindo aos céus, enquanto anunciava o novo dia. Posso jurar que eu queria acreditar em tudo aquilo, em cada palavra, em cada ponto e vírgula, pois assim eu poderia resolver quase todos os meus problemas, mas na verdade, eu não me sentia bem assim...

... eu continuava inseguro, com medo e muito preocupado com o meu futuro. Eu sentia uma necessidade iminente de ajuda, de um respaldo para que eu pudesse superar toda aquela situação. Mas, no fundo, no mais profundo sentimento da minha alma, eu sabia que o Velho estava certo. Durante anos eu estudei e defendi essas teorias que confesso, desenvolvi sozinho, ainda quando tinha pouca idade...

... agora, feito homem, com experiência e vivência para desfrutar todo esse conhecimento obtido, eu simplesmente me entrego a devaneios frustrantes e melancólicos em vez de arregaçar as mangas e me colocar trabalhando. Ou então, me deito e, olhando para o teto, ficando à espera de um milagre que possa me colocar no lugar que eu desejo.

— Senhor, por que em horas como essa, a tristeza e a angústia voltam a me açoitar, arremessando-me a um estado nunca desejado? Por que, senhor?

O Velho sorrindo novamente, pigarreou duas vezes antes de se manifestar.

— Você sabe por quê! Aliás, você sabe de tudo isso e muito mais. Às vezes chego a pensar que você está sofrendo de uma “cegueira consciencial”. Você dedicou anos, décadas de sua vida aos estudos, aprendeu, se desenvolveu em vários aspectos e ainda assim vive perdido dentro de abismos que você mesmo criou. Desculpe-me a sinceridade, mas para mim isso parece absurdo.

— Ainda ontem, eu acabei me excedendo, o que me deixou muito perturbado. Eu sinceramente, não gostaria de tomar atitudes como essa, mas por vezes acabo inserindo no mesmo erro. Por que isso? Você que parece gozar de uma consciência maior, saberia me dizer?

O Velho pressionou os lábios, esboçando um profundo lamento em seu suspirar. Até mesmo o nosso diálogo parecia rodar, rodar e rodar e parar sempre no mesmo lugar. No fundo, eu sabia que eu era ELE, que eu poderia tudo, mas ainda assim, procurava por alguém poderoso, alguma coisa que pudesse me ajudar.

m. trozidio

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