Escrito em meu Diário 5 no dia 09 de dezembro de 1996...
Hoje, sinto ter acordado com minha sensibilidade mais aguçada que o normal. Com isso, pude ver o mundo transfigurando diante dos meus olhos elucidando seus detalhes com maior nitidez e relevância.
Minha busca por Deus parece tomar um novo
sentido dentro das muitas variáveis que sempre me acompanharam até aqui.
O conceito de que todo esse emaranhado de
estudos sempre termina complicando tudo, coincide com a eterna proposta da
simplicidade, da naturalidade que deve se sobrepor sob qualquer aspecto
independente do contexto a que se aplica.
Talvez todo o insucesso que conquistei até
aqui, deve-se exatamente a essa complexidade paralela ao distanciamento e a
eterna falta de foco, ou seja, o ímpeto da procura prejudicado pelo caminho
errado e mais difícil.
Agindo assim, acabei contrariando o meu
próprio princípio básico, vital, onde no início da minha fase de consciência eu
desenvolvi com uma destreza singularmente especial:
“Deus habita dentro de cada um de nós”.
Devido a razões infundadas, me coloquei em
uma jornada lógica atrás de algo que estava e sempre esteve dentro da mais pura
essência da minha própria concepção.
Não demorou muito para que toda essa busca
tomasse caminhos que me distanciavam cada vez mais do meu objetivo.
Essa “pseudo” saída de minha própria
concepção, atrás de algo que já estava contido na mesma procura, desvirtuou e
complicou um ideal sublime, arremetendo-me a um ceticismo frio, metódico e sem
parâmetros conceituais.
“Eu sou e sempre fui, tudo aquilo que eu
sempre sonhei. Se eu me permito a essa condição ou não, é que é a verdadeira
questão”.
Tenho que ter sempre em mente, que tudo é sem
dúvida muito mais simples do que eu mesmo imagino. O grande problema é que eu
sempre acreditei nas complexas fórmulas alquímicas para que assim, dotado de
poderes mágicos, eu pudesse transformar a minha humilde vida.
Tenho que repetir: todos os meus mais
audaciosos sonhos já estavam e continuam concebidos em algum lugar, esperando
para poderem se externar como aquilo que conheço como vida. Todos os meus
anseios já se encontravam prontos e acabados aguardando simplesmente a minha
permissão.
Toda essa reflexão vem diretamente de
encontro com o “conceptualismo”, ou seja, nada de novo, de extraordinário muito
menos milagroso nesse contexto. Basta apenas querer e permitir...
m. trozidio
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