Escrito em meu Diário 5 em 1996...
Sexta-feira, 06 de dezembro de 1996 – às 7 horas quando hoje, de forma inexplicável, pelo menos por enquanto, não consigo entender o porquê desse estado depressivo. E na verdade, nem quero saber o motivo. Dentro da filosofia que estou tentando adotar, não me interessa o que acontece, a minha vida agora está nas mãos de um objetivo Maior, e se estou assim, é porque assim se faz necessário que eu esteja. Quem sabe todo esse estado depressivo vá me levar a ver coisas que normalmente eu não poderia ver em condições normais?
Por tanto, insisto em deixar o controle
nessas Mãos, procurando, o máximo possível, não interferir em Suas decisões.
Sinto-me, ou pelo menos tento me sentir, como um funcionário que mesmo ainda
sem saber direito o que fazer para cumprir com suas obrigações, coloca-se a
disposição de seu Empregador.
A analogia com o empregador parece elucidar
bem meus mais profundos sentimentos. Pois esse é o sentimento que tenho em
relação ao Criador, embora eu não esteja plenamente consciente de meus
desígnios, coloco-me a sua inteira disposição.
Pensando bem, ainda não possuo consciência
plena de tudo, e falando de forma egoísta, fecho-me em meu mundo, em meus
problemas particulares. Eu sei, embora a realidade seja outra, ainda vivo preso
nesses meus próprios limites. E agora? Agora, eu já sei a resposta. Preciso
esperar, preciso procurar me colocar o mais receptivo possível.
obs.: nessa época eu ainda não tinha conhecimento do estoicismo, mas já estava no seu caminho...
m. trozidio
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