O segredo da resiliência segundo Nietzsche ...

03 de setembro de 2022

Foi em uma leitura de Friedrich Nietzsche, o filósofo que tanto desafiou as convenções, que me deparei com uma frase que ressoou profundamente: "Aquele que tem uma razão para viver, pode suportar quase tudo." A princípio, a simplicidade da afirmação me intrigou, mas ela logo se tornou uma lente através da qual comecei a enxergar o mundo e as pessoas ao meu redor. Passei dias, semanas, meses, observando e refletindo, até perceber a profunda verdade contida nessas poucas palavras.

O que observei é que a vida de muitas pessoas parece ser definida pela queixa. Elas reclamam de tudo — do trânsito, do clima, de pequenas frustrações diárias. Ao mesmo tempo, parecem ser as mais fragilizadas diante dos grandes desafios. A percepção que tive é que essa vulnerabilidade e essa constante insatisfação não são resultado de falta de sorte, mas da ausência de um sentido maior. Ao não ter uma "razão para viver" que as mova, elas se fixam em questões insignificantes, como se buscassem um propósito no próprio ato de reclamar, preenchendo o vazio com o ruído de suas queixas.

Por outro lado, notei que aqueles que demonstram uma força quase inabalável diante das adversidades possuem uma característica em comum: um propósito de vida. A mãe que enfrenta jornadas duplas para dar um futuro aos filhos; o ativista que luta por uma causa em que acredita; o artista que se dedica a criar, mesmo sem reconhecimento imediato. Para essas pessoas, a razão de viver se torna um farol, iluminando o caminho através das tempestades. Os problemas e as dificuldades, que para outros seriam intransponíveis, se tornam obstáculos menores, quase irrelevantes, diante do peso e da grandiosidade de seu propósito.

A frase de Nietzsche, que em sua superfície parece ser sobre resistência, é na verdade um convite à autorreflexão. Ela nos questiona: qual é a nossa razão para viver? O que nos move, nos inspira, nos dá força para continuar quando a vida se torna difícil? É essa a grande diferença entre aqueles que se afogam em um copo d'água e aqueles que navegam oceanos inteiros.

Sim, Friedrich Nietzsche estava certo. Por mais uma vez, me rendo ao seu profundo conhecimento. E a grande lição que fica é que não é o que nos acontece que nos define, mas a razão que temos para viver.

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

  

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