A grande mentira...
Domingo, 10 de
abril de 2022 – 12
O labirinto da
identidade: em busca do ser autêntico
É uma crença
comum, mas uma verdade amarga: raramente somos quem realmente somos. Depois de
décadas imersos em um ambiente que nos molda, somos induzidos a fazer isso, a
gostar daquilo, a aspirar a uma vida que não é nossa. Aos poucos, terminamos
perdendo não apenas a nossa direção, mas a própria noção de quem somos em
essência.
Daí a urgência
e a importância da busca pela consciência. Não se trata de uma tarefa simples.
Reconheço que vivo hoje em uma forte ilusão sobre quem sou, uma ficção que
construí e que, por vezes, defendo com unhas e dentes, como se fosse a mais
pura das verdades. Essa mentira se tornou tão parte de mim que, por vezes, luto
para mantê-la viva, mesmo que me custe a minha própria autenticidade.
Essa é a nossa
grande tragédia moderna: não consigo pensar com a minha própria cabeça, nem
desejar aquilo que o meu ser mais profundo anseia. Somos forjados e moldados
pela mídia, pela sociedade e por todos à nossa volta, que ditam o que devemos
pensar, fazer e ser. Se todos deixam a barba crescer, cresce a minha. Se todos
se tatuam, busco meu próprio desenho. Somos, em essência, reflexos de um
espelho social que nos distorce, nos perdendo nesse jogo de imitação.
No entanto, a
boa notícia reside na consciência. O primeiro passo para a mudança é o
reconhecimento. Hoje, eu tenho a consciência desse labirinto, dessa ilusão. E,
com isso, posso começar a trilhar o caminho de volta. O trabalho de
desconstruir a mentira e buscar o meu verdadeiro eu, aquele que foi soterrado
por tantas camadas de influências, é uma jornada árdua, mas é a única que vale
a pena ser percorrida. O autoconhecimento não é um destino, mas um caminho
contínuo, uma batalha diária pela liberdade de ser.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio
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