A leveza de silenciar o desejo...
Sábado, 26 de março de 2022
Há um ponto em
nossa jornada onde o barulho cede lugar à clareza. Para mim, essa revelação
veio aos poucos, com a dolorosa constatação de que a paz, que eu tanto buscava
no mundo exterior, estava muito longe de mim por causa do tumulto da minha
própria mente. Era um incessante ruído de pensamentos, buscas e anseios que me
afastavam da serenidade que eu tanto almejava.
Nesse processo
de autoanálise, percebi a ironia da minha busca. Ela era desesperada, mas
completamente desprovida de compreensão. Era movida por um emaranhado de
desejos que, ao invés de me preencherem, me aprisionavam. Não havia amor ou
gentileza nessa ânsia incessante por "mais".
Pensar, buscar
e desejar são, sem dúvida, parte da nossa condição humana. E querer evoluir,
conquistar novas fases, é um impulso natural. A grande virada, no entanto, veio
quando compreendi que a minha felicidade e a tão sonhada paz não estavam na
realização desses anseios, mas em algo muito mais radical: em parar de pensar
tanto, em parar de buscar tanto e em parar de desejar tanto.
Foi um ato de
soltar, de rendição. De me desapegar da ânsia e abraçar o momento presente.
Hoje, acredito que a minha missão é simplesmente ser exatamente aquilo que a
"existência" quer que eu seja. E, paradoxalmente, é nesse estado de
aceitação que a busca por melhorar ganha um novo sentido. Não é mais uma
corrida desesperada, mas uma evolução silenciosa, impulsionada pela paz.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio
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