A felicidade está exatamente na liberdade...
A Fuga do Fogo
Fátuo: Uma Jornada Estoica para a Liberdade
Houve um tempo
em que as palavras pareciam estranhas, quase um paradoxo. Ler que os estoicos
defendiam uma felicidade desvinculada da posse de bens e da busca por prazeres
instantâneos soava, para mim, como uma recusa à própria vida. Naquele momento,
meu instinto me dizia para rejeitar essa ideia. A felicidade, afinal, não
estava nas conquistas, nos objetos de desejo e nas experiências?
Mas a vida, com sua sabedoria implacável, nos ensina mais do que qualquer teoria. Após anos correndo atrás do que percebi ser um fogo fátuo, um brilho ilusório e passageiro que nunca se materializava, comecei a sentir o peso da minha própria busca.
Cada novo desejo, uma nova obsessão. Cada nova posse, uma efêmera
satisfação que logo se desvanecia, deixando para trás um vazio maior. A busca incessante
não me levava à liberdade, mas a uma prisão silenciosa, uma escravidão ao
sofrimento que se renovava a cada novo "quero".
Aos poucos, o entendimento veio, não de uma leitura, mas de uma vivência. A verdadeira liberdade não reside na capacidade de ter tudo, mas na capacidade de ser pleno com o que se é. Percebi que o desejo obsessivo por "isso ou aquilo" e a busca por ser "esse ou aquele" são grilhões que nos prendem a um futuro idealizado.
A felicidade, no seu sentido mais puro e duradouro, não
depende da aquisição, da validação externa ou da companhia de outrem.
Ser livre é conquistar a felicidade a partir de si mesmo. É encontrar a serenidade na própria companhia, na sua essência e no presente. É um ato de desapego que nos liberta do tormento da falta, da comparação e da eterna insatisfação.
A
verdadeira riqueza está em descobrir que a alegria e a paz não são mercadorias,
mas estados de ser que cultivamos em nosso próprio jardim interior.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio
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