A raiz do sofrimento: o apego e a recusa...

Após décadas de estudo, cheguei à conclusão de que a raiz de todo o meu sofrimento está no apego. O desejo obsessivo por algo, ou a simples repulsa por aquilo que não gosto, é o responsável por quase toda a minha infelicidade.

Em vez de desfrutar do que já conquistei, ou das situações prazerosas que surgem em minha vida, passo meu tempo buscando o que ainda não tenho e, em contrapartida, supervalorizo a frustração por não conseguir. Assim, crio o hábito do apego e da repulsa.

A dor é inevitável, mas o sofrimento é uma escolha que resulta de meus apegos. Eles são a minha tentativa de negar verdades inegáveis: nada é permanente e não posso conquistar tudo.

Se me apego à minha boa aparência, em vez de apenas desfrutá-la enquanto dura, irei sofrer quando ela se for, como inevitavelmente acontecerá.

Se me apego a uma vida luxuosa, minha vida se tornará uma luta infeliz e covarde para que tudo continue assim.

Se me apego à vida em demasia, a morte se tornará ainda mais assustadora.

Percebi que o desapego não significa me afastar da vida ou punir-me. Significa, simplesmente, seguir o fluxo da vida, vivendo. Parece absurdo, mas na maior parte do tempo, eu não vivo. Eu me preocupo em conquistar mais coisas e em afastar o que não gosto, em vez de aprender com as situações.

Não posso me prender a uma tortura mental de como as coisas deveriam ou não ser. Elas são o que são. Tenho que viver da melhor forma possível com elas, sem julgamentos.

No fundo, a conclusão é muito simples: eu só preciso viver. O resto, sou eu quem complica.

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

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