Em uma manhã de Outono...
Navegando pelas
Águas da Vida
O Juramento que
Fiz ao Mar
Em uma
belíssima manhã de outono, o pensamento me veio: assim como o oceano, minha
vida tem sido uma variação constante entre calmarias e tempestades. Neste
momento, desfruto de águas tranquilas. Os ventos, de 25 a 30 nós, transformam
meu navegar em um delicioso deslizar sobre o azul, ora esverdeado, que me cerca
por todos os lados.
Mas nem sempre
é assim. De tempos em tempos, nuvens cinzentas, quase negras, surgem sobre o
meu mastro. As águas se tornam turbulentas, com ondas chicoteando meu casco, e
é aí que a morte mostra sua face sombria, sorridente e macabra. Nessas horas,
confesso: perco o controle. Acredito de verdade que o mundo está desabando
sobre minha cabeça. O desespero me consome, e mergulho em um estado depressivo,
por vezes desejando a própria morte.
No entanto, por
entre essas nuvens espessas e negras, um lampejo de sol aparece de repente, me
lembrando que tudo pode ser recomeçado. A bandeira da esperança deve ser
hasteada novamente, e a vida pode continuar.
Já fui pego de
surpresa por essas mudanças de tempo incontáveis vezes. Meu navegar, pontuado
por altos e baixos, alegrias e tristezas, sempre foi assim. Mas, sinceramente,
cansei de me deixar abater. Nesses momentos, sou capaz de jurar a mim mesmo:
"Essas
situações podem e certamente vão continuar a acontecer, mas eu, de minha parte,
afirmo: não me deixarei mais abater por elas."
Não posso mais
permitir que o meu mundo desabe cada vez que me sinto triste por algo que não
saiu como eu desejava, ou que a vida me impôs contra a minha vontade.
E assim, em
mais uma belíssima manhã de outono, navego. Como todo oceano, minha vida
continuará sendo uma constante variação entre calmarias e tempestades, mas
agora, eu estou pronto para o que vier.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio