Ego – esse estranho conhecido

Muito já se falou sobre ele, mais ainda se ouviu falar, mas seu real entendimento parece mesmo transcender nossa compreensão. Infelizmente, devido às fortes influências que vivemos desde a infância, nos vemos quase que obrigados a seguir os padrões desse meio, até mesmo para que possamos nos sentir em harmonia com tudo e com todos.
Porém, na grande maioria das vezes, seguir esses padrões, nos obriga a cometer um dos maiores pecados com nós mesmos: suprimir, ocultar, a nossa verdadeira personalidade. Assim, por exemplo, deixamos de ser quem “verdadeiramente” somos, deixamos de viver a vida que a nossa mais profunda essência deseja, deixamos de querer as coisas que realmente queremos e com isso, passamos a viver em função dos outros, para mostrar aos outros.
Outro detalhe importante está relacionado com a energia. Todos nós, para nos sentirmos bem, precisamos estar carregados de energia. Assim, quanto menos a temos, quanto menos a sentimos, mais temos essa necessidade de atrair de captar energia. Uma das formas mais conhecidas e utilizadas para isso, é com a atenção que as pessoas nos dão. A necessidade de chamar a atenção daqueles que nos cercam está diretamente relacionada com a nossa falta de energia natural, onde tentamos substituí-la com essa atenção, a admiração, o foco que todos podem nos dar.
Mas todos sabem ou deveriam saber que esse tipo de energia além de não ser duradoura, termina nos arremetendo em um verdadeiro ciclo vicioso. Quanto mais nos utilizamos desse método, mais acreditamos ser o único capaz de nos suprir. Com essa triste perspectiva, nos atiramos cada vez mais nessa necessidade de continuar chamando a atenção dos familiares, parentes, vizinhos, amigos, colegas de trabalho e assim sucessivamente.
Inconscientes, deixamos cada vez mais de ser nós mesmos, acreditando que a nossa verdadeira personalidade não é assim... tão interessante, tão fascinante para nos trazer a atenção e com ela a energia que tanto precisamos.
Triste engano! Na verdade com esse comportamento, estamos criando um “falso eu”, um personagem imaginário que percorre um caminho falso, que não leva a lugar nenhum. E assim nasce o ego. Formado basicamente pelo meio social, impulsionado e fortalecido pela necessidade de energia nos levando cada vez mais e mais para uma grande mentira, uma falsa realidade.      

Mas, lá no fundo do nosso âmago, por menor que possa estar ainda existe uma chama de vida, da verdadeira vida, da nossa verdadeira essência, do seu “eu” verdadeiro clamando para ser ouvido, desejando viver a sua vida. Quando raramente ele desponta, não temos a necessidade de seguir as imposições do meio em que vivemos, não precisamos chamar a atenção dos outros para captar energia, porque nesse sublime momento estamos sendo nós mesmos sem o Ego – esse estranho conhecido. 

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