Estudando o Tao - parte - 32

Estudando o Tao: A Unidade entre Mente e Matéria

As Surpresas da Física

A física, que se ocupa do movimento de corpos, grandes ou pequenos, está sempre nos surpreendendo. No entanto, as descobertas mais recentes são, de certa forma, amortecidas por uma certeza interna de que não poderiam ser diferentes.

O eminente cientista britânico Stephen Hawking citou o caso de partículas subatômicas que, quando observadas em microscópios especiais, parecem ser influenciadas pela vontade do observador. O movimento de rotação — para a direita ou para a esquerda — pode, aparentemente, ser alterado de acordo com a intenção de quem o analisa.

Por enquanto, usamos termos como "parecem" e "aparentemente", pois o método científico ainda é exclusivamente lógico e racional. No entanto, quando ficar estatisticamente provado que existe uma relação de causa e efeito entre o pensamento e esse movimento, novas portas se abrirão. Elas levarão a uma nova Física e Química, e talvez até à inatingível Matemática.

Tudo isso se dará pela descoberta de uma ponte que liga a lógica racional ao irracional e intuitivo, revelando a evidência científica da unidade. E quando falamos em unidade, nos vem à mente o Tao e muitos outros temas que, por desconhecermos suas origens, são chamados de ilógicos, metafísicos ou transcendentais.

Essa revolução, embora próxima, só abalaria a fé de quem não a possui. Afinal, o que o movimento de partículas ou energias sutis tem a ver com questões conceituais? Deus continuará sendo Deus, pois seria absurdo imaginar que Ele se subordina a descobertas da pesquisa científica. Pelo contrário, isso apenas confirma a grandeza de Sua criação.

 

O Tao nas Artes

A influência do Tao não se limita à ciência; as artes também são contempladas de maneira notável. Nos jardins e nas pinturas, na música, nas vestes, na arquitetura e na decoração, a harmonia e a serenidade do Tao se manifestam em matéria e espírito, ação e sentimento.

Os jardins chineses, grandes ou pequenos, seguem uma regra básica: tudo o que é colocado ali deve estar em harmonia com seu oposto, constituindo um todo equilibrado, assim como as forças universais. As pessoas que visitam esses jardins, seja para passear ou para meditar, sentem a Unidade. O céu, o sol e as nuvens se unem a montanhas, vales, rios e plantas, compondo um quadro magnífico que se integra à própria pessoa.

No verão, o calor é amenizado por suas sombras refrescantes; no inverno, grutas e construções abrigam passantes e homens que vêm para orar; no outono e na primavera, folhas e flores forram a paisagem, mostrando a magnificência da harmonia.

Quando o espaço não permitia grandes construções, faziam-se jardins em pequenos terrenos públicos, quintais e até em miniaturas, para serem levados para dentro de casa. Ter um pequeno jardim harmonioso no canto da sala era um convite constante ao equilíbrio e à serenidade.

O sentimento de integração que esses jardins inspiram se torna ainda maior quando nos desligamos da razão e da lógica, deixando fluir a intuição e os sentimentos que, muitas vezes, são reprimidos pela dureza do dia a dia. É fácil perceber que os artistas que concebiam tais maravilhas deviam estar imersos no intuitivo e indizível. Eles não poderiam ser homens comuns, pois, se assim fossem, o resultado seria apenas um jardim como outro qualquer.

E os quadros, pintados segundo o sentido do Tao? Neles, não há começo nem fim. Do topo, onde está o céu, nuvens esmaecidas descem e se integram a montanhas escarpadas ao fundo, formando longos e sinuosos vales em seu sopé, que dão origem a suaves riachos que, por sua vez, desembocam em um sereníssimo lago.

 

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m. trozidio

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