Estudando o Tao
Parte – XXVI
continuando...


42- "O sábio se alegra com a alegria dos outros"

Por alguma razão, existe a idéia que os sábios, os monges e mesmo os homens cultos, são pessoas sem senso de humor.

Em alguns tópicos atrás foi dito que um sábio arrogante não passa de um ignorante. Sabe por quê? Porque a sabedoria é filha dileta da intuição, que mora no hemisfério esquerdo de nosso cérebro.

Neste mesmo lado, também se situam as emoções, os grandes prazeres, a estética, o humor, a alegria... Há assim, tal como no Tai-Chi, duas partes opostas, mas complementares.

A razão, a lógica, o bom-senso, a responsabilidade, a técnica, residem no lado direito da rua mental.

No outro lado, seus vizinhos são mais alegres, um pouco irresponsáveis, emotivos, amorosos, desinteressados, um tanto anarquistas, gente que vive mais descontraída.

Para os aqueles que gostam da Astrologia, o hemisfério direito, seria regido por Saturno, com toda sua carga de responsabilidade, severidade e ortodoxia.

O hemisfério esquerdo teria como regente um Júpiter criativo, alegre e original. O sábio é um homem despojado, sem inveja, atencioso e prestativo.

Esta é a razão dele se alegrar com o riso dos outros e não sentir nenhum constrangimento em rir junto, se alegrar com quem está feliz. Ele fica satisfeito com a vitória dos outros, o que é raro num ser humano.

É uma grande satisfação que ele tem, pois sabe que a pessoa sorridente, está passando por um momento de grande Harmonia.


43- "Qual o sentido da vida?"

O sentido da vida é uma expressão que geralmente evoca a idéia que se faz sobre o destino do Homem - de onde viemos, para onde vamos e principalmente o que estamos fazendo aqui.

Este assunto fascinante transcende em muito o escopo destes estudos. O que iremos falar é sobre a direção que estamos dando à nossa vida, à nossa filosofia de viver.

Nós somos racionais ou emotivos?

Faz sentido a maneira como estamos conduzindo as coisas?

As pessoas exibem todo momento o seu sentido de vida; basta observar atentamente, o que está por trás de cada um de seus gestos. Imagine agora, todo mundo agindo de acordo com a sua vontade pessoal.

A organização social não duraria um dia, tal a confusão gerada. Para isto existem as Leis que são determinadas e modificadas de tempos em tempos.

Seu objetivo é que as pessoas pensem e ajam de forma mais ou menos igual. A liberdade individual é, portanto, cerceada e vigiada de tal sorte que um não incomode o outro.

Pelo menos essa é a teoria. Quem quiser viver no mundo desta sociedade, deve se sujeitar às Leis deste clube.

Se, no entanto, você acha a sua liberdade é mais preciosa do que as convenções estabelecidas, o melhor que tem a fazer é afastar-se desta sociedade que o está incomodando, e encontrar outra, em outro local.

Quem sabe uma comunidade, um "ashram" talvez, onde seus componentes pensem e ajam mais ou menos ao seu modo.

De uma forma ou de outra, uma coisa é certa: pode-se encontrar uma comunidade que acolha algumas de nossas idéias sobre o sentido que damos à vida, mas não todas.

Viver em uma grande cidade exige enorme grau de adaptação. Quando dá certo, tudo corre bem; quando não dá, surgem os problemas emocionais. Nas cidades pequenas, a paz é maior, mas as frustrações também existem.

Forja-se desta maneira, a maneira que cada um imprime à sua existência. Parece plausível assim, que meu sentido de vida, não tenha muito a ver com o seu, e o seu com o dos outros.

Em resumo: não há uma verdade neste assunto. Uma vida harmoniosa e tranqüila é conseguida por meio de pensamentos e ações serenas e equilibradas, onde a intuição e a razão se equivalem; onde o bom-senso do Tao harmonizante predomine, sem rigidez, nem fanatismo.

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