Estudando o Tao - parte - 22

Estudando o Tao: A Sorte de Ser e o Sabor dos Sentidos

34. "Ser feliz é estar satisfeito com o que tem"

Uma pessoa muito rica pode ter o que quiser, pelo menos em termos de bens materiais. Mas viver em função do ter também tem seus problemas. Embora o prazer de possuir e gastar seja intrinsecamente humano, ele carrega o drama da ambiguidade e da indecisão. O processo de escolher entre inúmeras opções muitas vezes é frustrante.

Não há nada de errado em ter. O erro é viver para ter. E como nem sempre a riqueza material nos dá tudo o que queremos — incluindo bens imateriais como amor, segurança e autoconfiança —, é crucial focar no ser.

Dentro de nós existe um eu interior riquíssimo, que raramente é explorado ou conhecido. E é esse ser que complementa, de forma magnífica, os bens que acumulamos.

Não se trata de jogar tudo pela janela ou se tornar um eremita. A felicidade vai muito além de estar alegre. A verdadeira felicidade só é possível quando paramos de adquirir, quando, pacificamente, deixamos de reclamar das mazelas do mundo e da vida.

Nesse instante, por poucos segundos, ao nos afastarmos conscientemente das coisas materiais, sentiremos, talvez pela primeira vez, a digna potência do Ser, do nosso próprio Ser.

 

35. "O Tao não tem sabor para os que vivem para os sentidos"

Ter consciência do Tao é mais do que uma questão de crença ou fé. Exige uma postura de vida, um comportamento. É estar visceralmente convencido de suas virtudes.

A ideia do Tao não é simples de captar. Ele é uma Lei, uma espécie de Lei da Física, mas com uma ação tão surpreendente que você seria capaz de jurar que é mais do que isso. O Tao é uma mágica, a Lei que rege os fenômenos mágicos.

É claro que essa ideia soa estranha aos nossos ouvidos ocidentais. No entanto, quando nos deparamos com fatos corriqueiros como um déjà vu, ou quando pensamos em alguém e a pessoa liga, somos levados a supor que pode haver uma simples ou uma grande coincidência. O psicólogo Carl Jung chamava as últimas de "coincidências significativas". Ele se sensibilizou com esses fatos e estava, de fato, consciente deles.

Quando você se conscientiza de que o Tao é algo perfeitamente natural (e não importa se você o considera uma entidade, um atributo divino ou o próprio Deus), você se coloca muitos passos à frente da maioria das pessoas. E é certo que coisas muito boas passarão a fazer parte da sua vida.

E isso é certíssimo. Não precisa de oração, súplicas, jejuns, ritos, gurus ou mantras, embora essas atitudes piedosas possam ajudar algumas pessoas.

Mas, e se alguém considerar o Tao uma bobagem? Nada vai acontecer. Absolutamente nada vai mudar em sua vida. Porque, quando se está bem e se acredita que sempre se estará, quem precisa do Tao, de Deus, de terapeutas ou de conselhos?

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

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