Estudando o Tao - parte - 33
Estudando
o Tao: A Harmonia nas Artes e no Corpo
Nota do
autor: Antes de continuarmos com os estudos do Tao, quero agradecer as mensagens recebidas nos últimos dias. Garanto a todos vocês que estão sendo respondidas,
uma a uma.
O Tao nas
Artes: Além dos Sentidos
Em um
jardim harmonioso, plantas e flores, árvores e pedras coexistem, enquanto
pássaros e vapores partem do local rumo ao alto. Nada ali está por acaso. A Unidade,
o Tao, não é alcançada por acaso, mas pelo desejo silencioso da própria união.
Além dos
jardins e da pintura, encontramos a influência do Tao na Música. Melodias geram
sentimentos distintos: algumas despertam alegria, outras tristeza, e há as que
nos elevam ao divino. O motivo para isso não fica claro quando tentamos
entender o fenômeno apenas pela razão, com a Física, a Matemática e a Biologia
tentando dar uma resposta.
Ao ouvir
uma canção composta por um seguidor do Tao, percebemos duas harmonias. A
primeira é a estudada nas escolas de música; a segunda é uma harmonia ilógica e
irracional, que nasce da intuição pura do compositor. O que se vê nos jardins e
nas pinturas se sente na melodia. As notas têm serenidade e curvas que
tangenciam seus opostos, em um entrelaçamento de suave tessitura.
Os
acordes acompanham a melodia, transcendendo o objetivo de agradar apenas o
ouvido. É preciso ir além, é preciso atingir a alma. Essa é uma técnica apurada
que busca a Unidade. O autor deve ter em mente seus sentimentos e a mesma
preocupação voltada para a orquestra e a audiência, no que chamamos de empatia.
Todo o processo de criação deve ser impregnado de amor no sentido de união.
Existem
excelentes livros sobre este tema, que se liga irremediavelmente à dança.
A Dança e
a Cura no Tao
A dança
no Tao tem uma história notável, citada no mais antigo livro da sabedoria
chinesa, o I-Ching. Aqui no Ocidente, diversas academias utilizam, com
enorme sucesso, a transcrição da pintura e da música para a dança, que para
muitos é a arte definitiva.
Quem já
assistiu a esses espetáculos admira a mágica transmitida pelos movimentos
suaves e graciosos, em perfeita unidade com a música. Entre a dança, a
ginástica e as artes marciais, existe o Tai-Chi Chuan, uma prática de
movimentos que busca restabelecer o equilíbrio físico e mental.
Há
explicações completas que falam de um fluxo de energia vital, o Chi, e de
certas vias que o corpo possui, mas que não são mostradas na anatomia
tradicional. Não se trata de fantasia, pois existem provas suficientes da
eficiência da acupuntura quando realizada por pessoas competentes. A cura se dá
ao excitar ou acalmar pontos específicos na pele, que são ligados entre si e
aos órgãos do corpo por meio de linhas imaginárias chamadas meridianos.
Esses
meridianos são mais reais do que as linhas referenciais de Greenwich. Embora
invisíveis, sua existência é comprovada. De fato, elementos sutis podem
transcender vias materiais limitadas. O Tai-Chi Chuan, massagens e o Do-in
têm demonstrado tamanha eficácia em ambos os lados do mundo que é estranho que
sua aceitação não seja maior.
Tenho
visto pessoas que, em um ou dois minutos, com uma leve massagem na cabeça e
nuca, conseguem aliviar dores de cabeça, enjoos e enxaquecas, mesmo quando os
remédios não surtem mais efeito. Essas pessoas não eram profissionais, mas
tinham em si os elementos capazes de promover essa mágica: amor, interesse e
empatia. Somando isso a uma técnica modesta, abrem-se as portas para que o Tao,
responsável pela cura, execute sua ação.
O mais
importante é que a questão aqui não envolve crer ou não no Tao. Não importa se
você tem simpatia por ele. O Tao tem suas próprias regras, que em nada dependem
do que o ser humano pensa. No caso do nosso "massagista", a sua
predisposição foi a razão da cura, e pouco ou nada dependeu do paciente, já que
este não estava em condições de auxiliar.
Quando
falamos no Tao, falamos, necessariamente, no Tai-Chi e na oportunidade de
exercitarmos o processo analítico e filosófico da questão.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio
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