Estudando o Tao
Parte – XXI
continuando...

32- "Quem tem consciência de sua limitação, não corre perigo"

Há uma diferença fundamental entre saber algo e ter consciência deste algo. Isto é muito importante na medida em que durante o processo de crescimento, estaremos quase todo o tempo, lidando com o estar efetivamente consciente.

A propósito de nossas limitações, o assunto já foi abordado amplamente. A nossa questão agora é - até que ponto nós temos consciência real desta limitação.

Quando eu pergunto se você entende de matemática, você pode me responder que sim ou que não, dependendo entre outras coisas, do tipo de treinamento que você teve.

A matemática envolve desde os rudimentos da aritmética até complicados problemas de matemática teórica. Assim, a sua resposta vai depender de seu conhecimento, de sua honestidade e de seu conceito de honestidade.

Entre os jogadores de xadrez, existem respostas padrão: aqueles que não jogam muito bem, perguntados se sabem jogar, respondem não. Os que jogam muito bem, respondem sim.

Há nestas respostas, um pouco mais daquilo que estamos chamando de consciência. O aperfeiçoamento pessoal é algo tão sério, que as coisas a ele relacionadas, devem partir de uma posição muito consciente de nossa parte - temos que ser muito honestos e severos conosco.

Assim, se eu afirmo que estou consciente de minhas limitações, isto não deveria ser encarado como uma resposta do tipo dado a um teste de revista.

Quando você diz que sabe seus limites, espera-se que esteja expressando mais do que uma educada modéstia, porém o que vai em sua alma, um profundo sentimento enraizado e consolidado dentro de você.

Isto é o que neste processo, estamos chamando de estar “consciente, verdadeiramente consciente”. No entanto, sabemos que isto não é alguma coisa fácil. E não é mesmo...


33- "Conhecer o Homem é inteligência, e a si mesmo é sabedoria"

A inteligência é um processo mental global basicamente ligado à lógica, e, portanto, às coisas que apresentam um mínimo de racionalidade.

Quando examinamos o Universo, percebemos que apesar das aparências, ele está inteiro e harmônico.

Visto sob um microscópio, ele poderia ser comparado à espuma de sabão em um copo. Seu aspecto muda; muda o formato das bolhas, tudo enfim em constante mutação.

Esta analogia deve ser entendida como a ação equilibradora e hamonizante do Tao em todo o Universo, visível ou não. A inteligência consegue captar e explicar as coisas lógicas dentro de certos limites.

Como, no entanto, o explicar o inexplicável?

Pela inteligência, pela lógica, pela razão?

Ou será que se pode negar existirem coisas que, pelo menos agora, são inexplicáveis, sendo que muitas delas, de caráter transcendente, JAMAIS poderão ser explicadas pela LOGICA FORMAL?

A sabedoria é um pouco mais do que conhecimento. A sabedoria é a sutil solução que provém do sutil, da intuição, da vivência e até mesmo da experiência.

A inteligência é um dom, mas não é uma finalidade em si. O homem verdadeiramente inteligente deveria aproveitá-la para auxiliar no desenvolvimento daquilo que EXPLICARÁ o inexplicável, o inusitado - a sua própria sabedoria.

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