Estudando o Tao - parte - 17
Estudando o Tao - Parte XVII: A
Harmonia e a Justiça do Universo
23. "O mundo se alegra numa festa
que acredita não ter fim."
O mundo está dividido entre ricos e
pobres, e dentro de cada país, a desigualdade social é gritante. Quando
pensamos em ecologia, geralmente nos limitamos a plantas, animais e oceanos.
Mas o ambiente é influenciado por todo
o processo econômico e tecnológico. Por isso, a ecologia deve ser mais
abrangente e incluir as mazelas sociais, políticas e econômicas do planeta. É
um tipo de ecologia holística, nada bonita de se ver, mas que reflete a
realidade.
O Tao, como Ordem harmônica, age para
manter o equilíbrio. A riqueza de um país gera a pobreza de outros. A violência
dos bandidos tem sua contrapartida na polícia. A ação do homem contra a
natureza resulta na ação da natureza contra o homem. O planeta precisa de
equilíbrio para subsistir, e o Tao promove esse reequilíbrio a cada instante.
Nem sempre o resultado nos agrada, mas é inexorável. Ao contrário do conceito ocidental de um Deus bondoso, o Tao é implacavelmente justo e infinitamente eficiente. O homem tem o livre-arbítrio, e cada ação gera uma reação.
Destrua uma floresta, e a harmonia se restabelecerá na forma de um
deserto. Não há ação, boa ou má, que não resulte em um fato que,
invariavelmente, harmonizará a situação. Esta é a maior das leis: o próprio
Tao.
Equilíbrio e Aprimoramento Pessoal
O Tao está presente em todos os atos e
pensamentos humanos, assim como nos movimentos naturais dos rios e planetas.
Nada escapa ao Tao. Isso significa que as coisas estão negativas? A resposta é
não. Elas estão positivas em uma metade do Tai-Chi e negativas na outra.
É possível reverter o processo? Sim. O
primeiro passo seria eliminar os grandes desequilíbrios econômicos e sociais, o
que não é nada fácil, pois o Tai-Chi global está poluído pelas ações humanas. A
solução violenta seria deficiente, pois a contrapartida é inevitável.
No entanto, o aprimoramento pessoal é um caminho. Ao buscarmos nosso equilíbrio e serenidade, estamos aprimorando nosso próprio microcosmo. Essa atitude terá reflexo em nosso entorno, tão certo quanto "dois mais dois são quatro".
Por extensão, um grande movimento
mundial pela paz, que passe pelo equilíbrio expresso no Tai-Chi, resultaria no
aprimoramento de todo o macrocosmo planetário.
Enquanto isso, a vida mundana é um
eterno ciclo de altos e baixos, de alegria para quem está "em cima da roda
da fortuna" e maldição para quem está "embaixo". Precisamos ter
a humildade e a compreensão de que esse processo é dinâmico. A posição na roda
será diferente a cada instante.
Se você puder contribuir para melhorar
o quadro, faça-o, nem que seja aprimorando seu próprio equilíbrio e serenidade,
em seus atos e pensamentos. Será um trabalho solitário com resultados sociais
imediatos.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio
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