Estudando o Tao - parte - 19

28 de novembro de 2007 -

Estudando o Tao - Parte XIX: Equilíbrio e Ação

27. "Aquele que se vangloria, não será reconhecido."

O mundo é um palco de lutas por status e poder. Depois de alcançados, começa uma nova batalha para se manter ou subir ainda mais.

Muitos usam de recursos abjetos, outros de "diplomacia" e outros de intrigas. O ambiente de trabalho, por exemplo, é uma oficina onde se forja uma moral peculiar: a da escalada.

Pessoas que entendem o organograma informal de uma empresa manipulam a maledicência, jogando fora qualquer resquício de ética. O resultado? Quem chama muita atenção para si, quem se vangloria, colhe o que plantou: a rejeição e o repúdio. É apenas uma questão de tempo.

28. "Ajude os que desejam ajuda."

A persistência é um dos fundamentos do desenvolvimento pessoal. A repetição de ensinamentos no Tao Te Ching sobre o par complementar "desejar e querer" é um exemplo disso. A história do homem que, em vez de dar esmola a um mendigo, tenta explicar que ele precisa trabalhar é um bom exemplo. O mendigo fica furioso, pois naquele momento, ele só queria o dinheiro. Mudar de vida era outra coisa.

Um amigo de grande sensibilidade me disse uma vez: "Nunca tenha pena de ninguém." Vendo meu espanto, ele explicou: "Ter pena e não fazer nada é uma forma de aliviar a sua culpa.

A pena, por si só, não ajuda o cego a atravessar a rua; a atitude de ajudar, sim. Se você pode ajudar, não deixe de fazê-lo. Isso, sim, é fazer a coisa certa." A lição é clara: a ação é mais importante que o sentimento. 

29. "À força do masculino deve se unir a flexibilidade do feminino, pois aí está a harmonia do Tao."

O Tai-Chi nos lembra que o Yang e o Yin são apenas a metade de algo. Qualquer situação pode ser definida por pares opostos e complementares, seja um problema, uma doença ou uma questão econômica. A citação de Lao-Tsé confirma a necessidade de equilíbrio para que tudo continue em harmonia.

Algumas pessoas veem o Tao como uma "bengala psicológica" para explicar o óbvio. Mas o Tao é mais do que isso. Ele é a Ordem de tudo que existiu, existe e existirá.

É um conceito disperso e atuante em todos os lugares e em todas as dimensões. Se fosse algo tão evidente e limitado, não teriam sido escritas obras como o Tao Te Ching, nem teriam sido criadas ciências e terapias baseadas em seus princípios.

No dia em que nos exercitarmos o suficiente no Tai-Chi para visualizar os componentes de qualquer questão, estaremos a um passo de grandes realizações e de uma profunda sabedoria.

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

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