Estudando o Tao - parte - 12
Estudando
o Tao - Parte XII: Silêncio e Conhecimento
9.
"Quanto mais falamos do Universo, menos o entendemos."
Desde que
o pensamento lógico se tornou a base da ciência ocidental, perdemos a
oportunidade de usar a razão em conjunto com a intuição, o instrumento da
sabedoria. Observar o universo apenas com um telescópio leva a resultados
incompletos ou falsos. Há fortes indícios, inclusive na física quântica, de uma
relação entre o pensamento e o movimento de partículas subatômicas. Para
aqueles que percebem isso intuitivamente, isso não é novidade.
A vida
mundana se baseia nos sentidos, e a ciência e a tecnologia atendem às
necessidades mais aparentes. Mas isso não é suficiente. A ciência racional é
incapaz de explorar o maravilhoso e o inexplicável: o que dizer dos sonhos que
se realizam, das visões ou das grandes coincidências?
A
manutenção de posturas científicas inflexíveis, muitas vezes motivadas por
interesses pessoais ou arrogância, parece uma falha de caráter. Fenômenos
parafísicos não resistem aos testes de repetibilidade porque não podem ser
medidos com os instrumentos da ciência lógica. É como tentar medir o
comprimento de algo com uma balança. O desenvolvimento de uma nova ciência
paralógica, com seus próprios métodos de medição, trará uma compreensão mais
completa do universo e de suas implicações.
10.
"É grande o valor do silêncio."
Existem
duas posturas em relação ao silêncio. Em primeiro lugar, há o silêncio passivo:
a postura receptiva onde escutamos e aprendemos com aqueles que sabem mais do
que nós. É o silêncio da humildade. Manter o silêncio durante o aprendizado é
sinal de evolução espiritual.
Em
segundo lugar, há o silêncio ativo: a mente se aquieta para que a intuição
possa fornecer a resposta a uma questão. É o silêncio para a ação harmonizante
do Tao.
Lao-Tsé
diz que "aquele que muito fala, nada tem a dizer". Isso faz sentido
quando vemos intelectuais que, por vaidade e arrogância, defendem erros com
justificativas complexas e mentirosas. O estudante já deve ter visto muitos
casos assim.
O
silêncio ativo, uma das conquistas mais notáveis daqueles que percebem o Tao,
resolve problemas complicadíssimos sem que precisemos fazer nada além de nos
colocar em wu-wei, uma postura de mente silenciosamente ativa.
Você não
precisa de ginástica, orações ou mantras. Se você gosta deles, ótimo. Mas se
não, basta dar o espaço de silêncio para a ação do Tao. Ele é uma Ordem
universal e cósmica, e por isso não faz distinção de estilos ou rituais. É
suficiente dar o espaço de silêncio para que sua ação harmonizadora se
manifeste.
Ao adotar
essa postura, não devemos pensar no problema. Ele deve ser
"congelado" em sua mente. A solução será, inevitavelmente, intuída.
Experimente com pequenos problemas e vá avançando.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio
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