Estudando o Tao
Parte - VII


O homem ocidental, mais do que o oriental, raciocina com lógica e somente com ela, deixando praticamente de lado a intuição.

O pensamento científico cartesiano, fez com que o processo intuitivo, fosse esquecido, menosprezado e ridicularizado. A razão disto, é que o método científico se baseia em certas Leis rígidas e axiomáticas, ou seja, você pode discutir o assunto, mas para que sua conclusão seja considerada científica, o resultado deve passar pelo crivo da ciência.

Se passar, você tem em mãos uma verdade científica, se não passar... Este crivo ou critério obriga, por exemplo, que o resultado a que você chegou em certa questão, possa ser repetido por qualquer pessoa, utilizando os mesmos meios que você empregou.

Isto é chamado repetibilidade, e para nós do ocidente, faz muito sentido, tem lógica. Se José misturou A com B, obtendo C, então João ao misturar, nas mesmas condições, A com B, obrigatoriamente terá que obter C.

Não se deve desmerecer o método científico, por ele ser rígido e exigente, ditatorial mesmo. Ele é assim, porque foi determinado pelos cientistas lógicos que assim seria.

Se o tempo mostrar sua falência, ele deixará de existir, mas enquanto ele funciona, continuará a ser aplicado. Ou você aceita ou não. Se aceitar, tem que se submeter aos seus critérios, se não aceitar, faça o que bem entender, só que não haverá aprovação de seus pensamentos ou experimentos na comunidade científica.

É um clube fechado com suas próprias regras. Ninguém o obriga a ser sócio. É uma tolice dos defensores dos chamados métodos alternativos, ao advogar suas causas, atacar os cientistas, chamando-os de perversos, insensíveis, inflexíveis. O trabalho em outras frentes exige outras réguas de medição. Um esquadro e um compasso, podem ser instrumentos perfeitamente adequados ao método científico.

No entanto, um fenômeno como a telecinese ou a própria ação do Tao, terá que apresentar seu próprio método de avaliação.

Não creio que a estatística, processo dos mais empregados nos métodos alternativos, seja a melhor forma de validar os fenômenos paralógicos, até porque, embora a estatística não seja uma ciência exata, está incluída respeitosamente entre as ciências experimentais .

A posição será muito mais consistente, ao se mostrar, por exemplo, que os maiores avanços do Homem como Ser, foram conseguidos partindo de especulações filosóficas nascidas da intuição.

Não sei se o exemplo é o mais feliz, mas julgo que seja adequado à exposição que estamos fazendo. Recentes estudos da Física Quântica sugerem haver uma relação de causa-efeito entre a vontade e o movimento de certas partículas sub-atômicas.

É assim, trabalhando com seriedade e lisura, que as coisas poderão mudar. Não é porque alguém disse que viajou em um disco voador que devemos acreditar. Fisicamente, eu vou pedir provas sensíveis. Metafisicamente eu vou, quem sabe, parabenizar o felizardo.

O pressuposto de que todos só dizem a verdade, é muito, muito discutível... Chamemos a ciência que conhecemos de ciência lógica e todas as que não se submetem ao seu crivo, de ciência paralógica.

Isto não se pode impedir; é um nome como outro qualquer. A aceitação deste tipo de ciência obrigará a criação de critérios próprios, evitando a proliferação de espertalhões; já nos bastam aqueles que os furos da ciência tradicional proporcionam.

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