Estudando o Tao - parte - 9

Estudando o Tao - Parte IX: O Poder do "Não-Fazer"

3. "O sábio faz sem fazer e ensina sem falar."

Que afirmação espantosa! O que significam essas palavras? Em um lado do Tai-Chi está o fazer, e no outro, o não-fazer. Ao optar pelo não-fazer, o sábio não está se esquivando de uma tarefa. Não-fazer e, ainda assim, obter resultados é uma das coisas mais incríveis do Tao.

Isso é possível através de uma atitude mental chamada wu-wei, ou "mente vazia". O indivíduo não deixa de agir por preguiça ou alienação. Pelo contrário, ao esvaziar a mente das preocupações, ele abre espaço para que o Tao atue, alcançando o melhor resultado possível.

 

O Wu-Wei em Ação

Anote, pois isso é muito importante! Você já deve ter experimentado o wu-wei em sua vida. Às vezes, antes de uma prova, decidimos relaxar e esquecer o assunto. Ou esperamos que um sonho nos revele a solução para um problema. Essa é uma forma muito eficiente de wu-wei.

Quanto mais você exercita a mente serena, mais questões podem ser resolvidas pela ação do Tao. Ele só pede que sua mente esteja o mais tranquila possível. A ação do Tao, que é reequilibradora, restabelece a harmonia entre os dois lados de uma questão. No caso da prova, por exemplo, ele fornece o conhecimento que complementa a falta de conhecimento. Um sábio é, então, aquele que domina essa arte e raramente precisa intervir pessoalmente.

Da mesma forma, o sábio ensina sem falar. Aqui, a expressão se refere a ensinar pelo exemplo. É fundamental que aqueles em posição de liderança tenham um comportamento exemplar, pois a ação do Tao se manifesta por meio de nossas atitudes.

 

O Tao e a Nossa Visão de Divindade

O Tao não exige que você o bajule com orações ou ofertas. Não há necessidade de sessões intermináveis de relaxamento ou posturas extravagantes. Basta que você relaxe os músculos por alguns segundos e "desligue o interruptor da mente".

Se você fizer isso, os primeiros resultados virão, quer você acredite no Tao ou não. Você não precisa abdicar de suas ideias filosóficas, políticas ou religiosas. O Tao não é um Deus nem uma religião. Ele é uma Lei universal que não depende de adoração ou fanatismo. Pelo contrário, sua ação se manifesta até mesmo nas pessoas inflexíveis que, de forma incomum, decidem recorrer a ele.

É como uma febre de 40 graus, que baixa com mais facilidade do que uma de 37. Para o Tao, não há "bons" nem "maus", pois esse julgamento pertence às leis humanas. O papel do Tao é reequilibrar, não castigar ou premiar.

"O Tao também cura doenças?", me perguntaram um dia. Sim, é evidente, pois a doença é um sintoma de desarmonia. Como ele faz? Ele não "faz", simplesmente acontece.

 

"Se essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."

m. trozidio

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