Um discípulo falando...
Sexta-feira,
19 de outubro de 2007, 6:48 da manhã. Uma manhã fria e cansada, assim como eu,
mas vamos nos aquecer com a sabedoria dos mestres indianos.
Um
discípulo narra:
Houve
um dia em que eu acreditei no meu Guru. Ele me disse que eu não sou nada além
de mim mesmo, e eu aceitei essa verdade. A partir daí, comecei a me comportar
de acordo e parei de me preocupar com tudo o que não pertencia ao meu ser.
Minha
mente parece estar sempre tranquila e feliz, e os chamados 'milagres' acontecem
ao meu redor. Eu não entendo de milagres. Questiono se a natureza admite
exceções às suas leis, a menos que consideremos que tudo, em sua totalidade, é
um milagre. Para mim, não há distinção.
Existe
uma consciência na qual tudo acontece. Esses milagres são bastante óbvios e
fazem parte da experiência de todos. A questão é que não olhamos com a atenção
necessária. Olhe de perto e veja o que eu vejo.
Se você
não consegue ver, talvez o seu foco esteja errado. Você não se dedica a si
mesmo. Sua mente está cheia de coisas, pessoas e ideias, mas nunca de você.
Coloque-se
no centro da sua atenção. Torne-se consciente de sua própria existência.
Observe como você funciona, analise os motivos e os resultados de suas ações.
Estude a
prisão que você, sem querer, construiu ao seu redor. Ao descobrir o que você
não é, você finalmente se conhecerá. O caminho de volta para si mesmo passa
pela negação e pela rejeição.
Uma coisa
é certa: o real não é imaginário, não é um produto da mente. Mesmo a sensação
de 'eu sou' não é contínua, embora seja um sinalizador útil; ela mostra onde
procurar, mas não o que procurar.
Basta dar
uma boa olhada nisso. Uma vez que você se convence de que não pode dizer nada
de verdade sobre si mesmo, exceto 'eu sou', e de que nada que possa ser
apontado pode ser você, a necessidade do 'eu sou' se desfaz.
Você não
tentará mais verbalizar o que você é. Tudo o que precisa é libertar-se da
tendência de se definir. Todas as definições se aplicam apenas ao seu corpo e
às suas expressões.
Quando
essa obsessão com o corpo terminar, você voltará ao seu estado natural, de
forma espontânea e sem esforço. A única diferença entre nós é que eu estou
consciente do meu estado natural, enquanto você vive sonhando.
Assim
como o ouro em uma joia não tem vantagem sobre o ouro em pó — a menos que a
mente crie essa distinção —, somos um em essência. Diferimos apenas na
aparência.
Descobrimos
isso sendo sinceros, buscando, inquirindo e questionando a cada dia, a todo
momento, dedicando a vida a essa descoberta.
"Se
essa mensagem tocou você, compartilhe com quem pode estar precisando."
m.
trozidio
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