Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007 – às 06hs44min de mais uma manhã de céu encoberto e a fina garoa cobrindo majestosamente a cidade de São Paulo. Ontem, talvez por razões do tempo, acredito ter experimentado o maior congestionamento desse ano. Paciência é o preço que pagamos por viver em uma das maiores cidades do planeta. Como eu me referi à paciência, lembrei-me do “TAO” uma filosofia muito difundida no Oriente e que acredito ser importante em nossa caminhada.

Estudando o TAO
Parte
- I


O objetivo destes estudos é buscar esclarecer de forma simples, um conceito muito difundido no oriente, o Tao. Para os ocidentais a tarefa exige certo cuidado, pois nossa mente racional remeteria o tema a campos muito específicos como a Religião, a Filosofia e até mesmo a Física, onde o Tao não seria percebido por inteiro já que sua área de atuação é bem mais extensa.

A Lei Universal da Gravidade faz com que todas as coisas se atraiam entre si. Aceitemos, por enquanto, que o Tao é uma Lei Absoluta que faz com todas as coisas sejam elas materiais ou não, funcionem bem e harmoniosamente.

A maioria dos textos que versam sobre o Tao, trata da interpretação das citações encontradas no Tao-Te-Ching, o mais importante livro sobre o assunto. Em outras obras encontramos sua ligação com certos ramos da atividade humana, como a Comunicação e a Música. Afora estes, é reduzido o número de trabalhos que tenham como objetivo principal a divulgação do Tao como conceito.

Entendemos que um tema tão vasto e instigante, deveria ter sensibilizado um número maior de escritores, o que lamentavelmente não vem ocorrendo.

O povo chinês possui um inconsciente coletivo onde o Tao está presente há muito, muito tempo. Não é necessário que os chineses sejam iniciados em seu significado. Diferentemente deles, nós precisamos.

Convivendo, como convivemos, há séculos com a cultura ocidental não precisamos, por nosso lado, que nos expliquem a idéia de Deus, pois esta é tão natural para nós como o Tao é para eles.

A propósito destes estudos, nossa idéia inicial era escrever um texto sobre o Tao, pura e simplesmente. Logo percebemos que seria necessário algo mais do que esta abordagem solitária, pois que a natureza, os atributos e a ação do Tao, poderiam ficar nebulosos apesar de todo o cuidado com o conteúdo e organização do trabalho.

Passamos então a cogitar sobre algum tipo de exercício prático que seria acrescentado, de sorte a fixar os conceitos teóricos. Teria que ser algo de interesse geral e, de preferência, ligado em linha direta à atividade do Tao.

Decidimos pela prática do desenvolvimento pessoal; com isto atingiríamos nosso objetivo primário, e ainda poderíamos dar aos estudiosos um complemento útil e agradável. A teoria, por sua vez, não deveria exigir do estudioso qualquer pré-requisito para poder ser entendida.

O aperfeiçoamento ou desenvolvimento pessoal, envolve a modificação de valores negativos de comportamento ou a aquisição de valores positivos de caráter e comportamento.

O resultado é uma postura mais serena, tranqüila e feliz. Este objetivo parece irrealizável para muitas pessoas; no entanto é possível através do Tao, conseguir um apreciável desenvolvimento num espaço de tempo relativamente curto.

Uma das partes deste trabalho trata justamente de um exemplo do dia-a-dia num processo individual de crescimento. Vamos ver que não é fundamental a presença de orientadores ou gurus, nem haverá interferência na religiosidade do estudante, tenha ele uma crença ou não.

Afinal quem pode ter Lao-Tsé, autor do Tao-Te-Ching, como orientador, está em muito boas mãos. Com um pouco de aplicação, persistência e vontade no coração, o estudante poderá desenvolver as virtudes tão sonhadas.

Durante os próximos dias estaremos viajando um pouco em companhia de Lao-Tsé, Mestre por excelência e um homem de uma visão incrível...

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