Quarta-feira, 24 de Outubro de 2007 – às 06hs48min de um dia nublado com uma fina garoa cobrindo a cidade de São Paulo. Mais um dia reflexivo, mais um dia onde esperamos aprender e crescer mais um pouco.

Às vezes trata-se de sonhos...
Às vezes devaneios...
Às vezes é a realidade...
Eu já não sei, não estou bem, sou capaz de confundir tudo...

...Uma densa névoa dificultava a visão. Na verdade, eu não sabia se estava anoitecendo ou se o dia se preparava para nascer. Eu só sei que diminuía a velocidade dos passos, tentando entender melhor...

...Os sons, por sua vez, ecoavam como num vazio absurdo. Vozes da natureza, audazes e melancólicas. O medo se fazia presente. A vida, vez por outra, era retratada através de lembranças obscuras, imperiosas ao meu domínio. Um mundo diferente se apresentava à minha concepção. Um mundo novo, um universo a ser recriado batendo à porta insistente...

...Agora o som inconfundível do mar se fazia presente. Tentando aguçar os ouvidos, eu procurava caminhar em sua direção. Mas aquela densa névoa, continuava insistente e nada, absolutamente nada me era permitido ver...

...Percebo uma luz acima dessa enorme nuvem que resolvera descer a terra. Eu não podia olhar para cima. Demasiadamente forte essa claridade não me permitia sequer, ficar com os olhos abertos. Levo as duas mãos à cabeça, afagando meus próprios cabelos. Tentativas inúteis de compreensão...

...O mar por sua vez, tentava me guiar, mostrando-me o seu rumo. Cuidadosamente, amedrontado eu continuava seguindo em sua direção...

...Eu era um menino, ou pelo menos eu me sentia um menino. A pureza dessa condição, embora ainda não compreendida, mostrava-me sinais de que a vida e toda sua complexidade poderiam ser desvendadas caso essa condição pudesse ser mantida...

...Mesmo com toda complexidade do momento, eu sabia; as crianças possuem todas as respostas...

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