Estudando o TAO
Parte - II


Há milhares de anos, um sábio chinês escreveu um pequeno livro que resultou em mudanças no comportamento de milhões de pessoas, no desenvolvimento de importantes filosofias, na religião e até mesmo numa revisão conceitual do Universo.

E tudo isto começou quando ele, funcionário em uma corte depravada e corrupta, resolveu abandonar o país em busca de lugares mais serenos, onde pudesse repousar sua cabeça cansada. Este homem, de grande erudição e sabedoria, chamava-se Lao-Tsé.

A maneira como ele escreveu o livro, foi bem pouco usual. Consta que Lao-Tsé, ao deixar o país com as roupas do corpo e montado no lombo de um boi, dirigiu-se à fronteira.

Lá chegando, encontrou um guarda que o reconheceu e pediu que este lhe ensinasse tudo o que sabia. Lao-Tsé aceitou a tarefa e em uma só noite escreveu um pequeno livro constituído de 81 versos ou lições: era o Tao-Te-Ching, uma das obras mais importantes de todos os tempos.

A rapidez com que o livro foi escrito, não espelha a qualidade do texto. Lao-Tsé estava tomado por uma clara compreensão do assunto, compreensão esta tão profunda, tão consistente e tão viva, que se poderia dizer que ele estava mais do que inspirado, ele estava iluminado.

Definitivamente Lao-Tsé estava numa espécie de estado de graça ao escrever seu livro.
O Tao-Te-Ching, tem um aspecto bastante comum, e portanto não chama a atenção do provável Leitor. Mesmo quando folheado, nada indica a profundidade do seu conteúdo.

O nome de Lao-Tsé, de alguma forma nos traz a idéia que os ocidentais fazem desses filósofos chineses: indivíduos diferentes, cheios de misteriosa sabedoria, vivendo num mundo distante, longe dos homens comuns. Uma espécie mágica retratada nas figuras azuis das porcelanas e no multicolorido dos leques...

Esta imagem nada tem a ver com a realidade; e foi em cima de uma dura realidade, que o Tao-Te-Ching ou "O Livro do Caminho Perfeito" foi concebido e escrito.

Hoje estou certo que aqueles chineses não eram nem magos nem viviam num mundo etéreo, e que, o que as artes retratam, são figurações de um ideal que quase sempre expressa a harmonia provida pelo Tao.

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