filo-sofando

Reconhecer as próprias falhas e ter a humildade de corrigi-las representa um avanço significativo na jornada rumo a uma vida mais sábia e plena.  Essa capacidade de autocrítica construtiva nos permite aprender com nossas experiências e evoluir constantemente. No entanto, admitir que estamos equivocados em nossas ações ou pensamentos pode ser um desafio considerável.  O ego muitas vezes nos impede de enxergar nossos erros com clareza, criando barreiras que dificultam o nosso crescimento pessoal. Diante disso, uma pergunta crucial emerge: você realmente acredita que suas atitudes e escolhas estão te conduzindo ao bem-estar e à realização? A resposta para essa indagação reside, de forma inequívoca, no panorama atual da sua existência.  Analisar os resultados que você tem colhido em diferentes áreas da sua vida – seus relacionamentos, sua carreira, sua saúde emocional e física – pode oferecer insights valiosos sobre a eficácia das suas decisões.  Se a sua vida reflete c...

O que mais almejo neste momento é a capacidade de me preparar interiormente para a imprevisibilidade da vida: os problemas que surgem, as dificuldades inesperadas, e até mesmo as características que não admiro nos outros, observando com distanciamento aqueles que agem de forma frustrante.  A clareza que emerge é esta: desejar retroceder o tempo ou reformular o mundo externo é infinitamente mais complexo do que a jornada de transformação pessoal.  A verdadeira maestria reside em aceitar o presente tal como ele se manifesta, aprendendo com ele, sem que isso comprometa a minha paz interior. m. trozidio conheça os meus livros

Embora o ego seja amplamente reconhecido como um obstáculo, Jung nos propõe uma abordagem diferente: a consciência, não a luta. Estar atento à presença do ego e às suas implicações negativas é um caminho poderoso para aprimorar nossa existência.  Dessa forma, ao identificarmos o impulso de agir para impressionar ou para mascarar nossa verdadeira natureza, reconhecemos o ego em ação, um chamado à nossa consciência. m. trozidio conheça os meus livros

  Vejo que a natureza nos oferece uma perspectiva sobre a nossa falta de conhecimento sobre a morte.  Observemos o ciclo de uma planta: brota da terra, floresce como indivíduo e, ao morrer, é reabsorvida pela mesma terra, reintegrando-se à "totalidade" que a originou. Podemos traçar um paralelo com a nossa existência. Emergimos de um "Todo", vivenciamos a individualidade e, ao findar a vida, com certeza retornemos a essa mesma origem, que alguns podem conceber como Deus.  Seguindo essa analogia, a individualidade que desenvolvemos durante nossa jornada terrena se dissiparia nesse retorno. Essa perspectiva questiona a noção de uma existência pós-morte individualizada, desafiando preceitos de diversas religiões que cultivam essa crença. Sem dúvida, um tema controverso e que sempre gera discussões. m. trozidio conheça os meus livros

Durante um longo período da minha jornada, a crença na força inabalável do pensamento positivo serviu como um farol, guiando minhas expectativas e decisões.  A máxima reconfortante de que "no final, tudo dá certo" ecoava em minha mente, oferecendo um bálsamo para as incertezas da vida. Contudo, a maturidade das minhas próprias experiências, aliada a uma análise mais aprofundada de diversas pesquisas no campo da psicologia e do comportamento humano, revelou uma faceta menos luminosa dessa perspectiva, mostrando que essa visão, embora sedutora, pode, por vezes, nos conduzir a caminhos ilusórios. A doce miragem de uma segurança infundada, tecida por um otimismo desmedido, pode sutilmente nos aprisionar em uma armadilha de complacência e negligência no que tange ao preparo para os desafios inerentes à existência.  Evidências e estudos comportamentais, demonstram consistentemente que indivíduos que depositam uma fé excessiva em um desfecho favorável tendem, paradoxalmente, a inves...

A manhã despontou úmida, herança da chuva persistente que embalou a noite. O dia nasceu lavado, o ar impregnado de uma pureza e frescor revigorantes. Embora consciente dos transtornos que a insistente promessa de mais chuva pode trazer, não consigo desviar o olhar da beleza singular que emana de um dia como este. Como bem observam os estudiosos, a beleza reside na perspectiva de quem a contempla. Viver um dia assim me transporta a um estado de profunda gratidão. Agradeço a Deus por mais esta oportunidade de trilhar meu propósito maior: viver a vida em sua plenitude. m. trozidio conheça os meus livros

  A culpa por um carro desgovernado atingir meu veículo estacionado corretamente não recai sobre mim.  Da mesma forma, não escolhi meu local de nascimento, assim como outros não escolheram berços de ouro.  Há inúmeros eventos em minha vida que parecem acontecer ao acaso, sem minha influência direta. Contudo, embora a culpa de muitos acontecimentos não seja minha, a responsabilidade de como lido com cada um deles é inteiramente minha.  Cabe a mim aprender com o que surge, transformar desafios em oportunidades e reverter o sofrimento em crescimento. Ao me vitimizar, entrego o controle da minha própria vida e a responsabilidade sobre ela.  Portanto, mesmo que a culpa não seja minha, a maneira como reajo e sigo adiante é uma responsabilidade unicamente minha. m. trozidio c onh eça meus livros

Sou profundamente grato à filosofia, pois sequer consigo imaginar minha vida sem tê-la conhecido ainda na adolescência.   Sou grato a Deus por me conceder a vida e me guiar nesta jornada até aqui.  Aprendi muito desde então e, mesmo sabendo que esse aprendizado é apenas uma pequena parcela diante da vastidão do conhecimento, ainda assim, sinto-me grato. Contudo, não posso deixar de destacar que a lição mais importante dessas quase sete décadas é, sem dúvida, a de que acima de tudo, devemos viver.  Viver intensamente cada momento, cada segundo, pois acredito que esse seja o verdadeiro propósito de todos: viver plenamente a vida que nos foi dada, a vida que temos. m. trozidio c onh eça meus livros

A respiração é a ponte entre o corpo e a alma, é o único processo fisiológico que pode ser inconsciente e consciente ao mesmo tempo. E é exatamente por isso, que ela é tão poderosa. Quando se conecta com a sua respiração, você ancora sua consciência no agora.  Você deixa de se identificar com pensamentos emoções e começa a observar. Não se trata de controlar a respiração, mas de simplesmente percebê-la, sentir o ar entrando e saindo, o ritmo do peito, o leve movimento do abdômen. Isso não só acalma o sistema nervoso, como também cria um espaço interno onde a intuição e a criatividade podem florescer. m. trozidio c onh eça meus livros

Dotado de uma mente racional, o ser humano possui a liberdade intrínseca de questionar e buscar compreender os eventos que o cercam e o afetam diretamente.  No entanto, paradoxalmente, essa mesma criatura se vê imersa em uma complexa teia de mistérios que, em sua essência, permanecem inatingíveis à plena compreensão. Essa dualidade pode soar contraditória: a capacidade de raciocínio coexistindo com a aparente impossibilidade de desvendar questões fundamentais como a origem e o destino.  Contudo, é crucial reconhecer que somos partes integrantes de uma consciência que transcende infinitamente a nossa individualidade. Assim, a vastidão do todo não se limita à pequenez da parte, perpetuando a natureza misteriosa da nossa existência. m. trozidio c onheça meus livros

A verdadeira felicidade parece residir na capacidade de sonhar, mas, crucialmente, em encontrar contentamento com as conquistas presentes.  Embora à primeira vista possa parecer óbvio, é importante lembrar da tendência humana de valorizar algo somente após perdê-lo.  Dessa forma, aprender a não sofrer pelo que ainda não se tem torna-se fundamental para viver plenamente a vida que já possuímos. m. trozidio c onheça meus livros  

  A fragilidade humana pode ser surpreendente, até mesmo antagônica à nossa percepção de bem-estar.  Em momentos de saúde plena, raramente imaginamos a possibilidade de sermos confinados a uma cama por alguma enfermidade, seja ela qual for.  Contudo, apesar da força e da sabedoria intrínseca do nosso corpo em nos manter vivos, a vulnerabilidade ainda pode nos alcançar inesperadamente. Embora pareça redundante, é crucial atentarmos aos cuidados com o nosso corpo.  Isso envolve vigilância sobre o que ingerimos, a prática consciente de atividades físicas e a atenção à nossa mente, que frequentemente desencadeia doenças de maneira inconsciente.  Portanto, jamais devemos negligenciar a nossa inerente fragilidade. m. trozidio c onheça meus livros

  Na jornada da vida, tudo tem um preço, e a felicidade não é exceção. Essa perspectiva não é exclusiva dos estudiosos; líderes religiosos também parecem convergir nessa ideia.  A verdadeira felicidade floresce quando abraçamos nossa autenticidade.  Viver sob máscaras sociais, embora possa trazer o conforto da aceitação, oferece apenas uma ilusão de felicidade.  Em contrapartida, trilhar o caminho da autenticidade inevitavelmente nos colocará diante de olhares de desaprovação.  Contudo, a decisão final, como sempre, reside em nós. m. trozidio c onheça meus livros

  A compreensão da raiz dos nossos desejos revela uma diferença significativa.  Há os desejos moldados pela sociedade, que nos são quase impostos e visam uma projeção de sucesso individual, originários do ego. Perseguir esses desejos costuma ser um caminho árduo e, paradoxalmente, a sua realização pode trazer um saldo negativo considerável.  Por outro lado, os desejos que genuinamente emanam da nossa alma florescem sem grande esforço ou sofrimento, encontrando ressonância e apoio no próprio fluxo da natureza.  Considerando essa distinção, convido à reflexão: qual a verdadeira fonte dos seus maiores objetivos de vida? m. trozidio c onheça meus livros

Jung acreditava que o destino não é um evento externo e imutável, mas sim um processo interno de revelação.  Aquilo que é genuinamente seu não exige perseguição, apenas autenticidade, consciência e alinhamento com sua essência. Quando tentamos forçar acontecimentos ou insistimos em caminhos que não fluem, nos desconectamos do nosso verdadeiro propósito.  Por outro lado, quando vivemos com autenticidade e respeitamos nossos processos internos, o universo responde com sincronicidade— acontecimentos que parecem coincidências, mas que carregam significado profundo. Tudo chega no momento certo, quando estamos prontos para receber. O que não acontece não nos rejeita, nos protege. O que se dissolve não é perda, é lapidação. E o que permanece, mesmo diante das dificuldades, é o que vale a pena cuidar. A chave para que o destino nos encontre não está em correr atrás, mas em ser — em viver de forma genuína e confiar no fluxo da vida. Porque aquilo que verdadeiramente nos pertence nunca ...

  Em momentos de incerteza ou diante de desafios, é comum ouvirmos ou até mesmo proferirmos a frase reconfortante:  "Não se preocupe, no fim tudo vai dar certo..." Embora essa afirmação possa trazer um alívio momentâneo, a neurocientista Tali Sharot explora uma perspectiva mais profunda e complexa sobre o otimismo em seu livro de 2011, "O viés do otimismo". Contrariando a intuição popular, Sharot, embasada em extensa pesquisa, argumenta que uma mente saudável possui uma tendência intrínseca a superestimar a probabilidade de ocorrências positivas. Essa predisposição natural nos leva frequentemente a adotar a máxima como um mantra. No entanto, a autora aponta que essa inclinação otimista, embora geralmente associada ao bem-estar e à felicidade, pode paradoxalmente levar indivíduos saudáveis e contentes a supervalorizarem sua capacidade de influenciar os eventos futuros. Acreditando em um desfecho favorável quase inevitável, podem subestimar a necessidade de planejamen...

  Compreender que cada elemento do universo, em sua totalidade, possui uma perfeição intrínseca e uma razão fundamental para sua existência, transformou profundamente minha perspectiva.  Essa percepção me permitiu enxergar a bondade inerente a tudo que me cerca.  Mesmo as experiências que antes eu julgava negativas ou desfavoráveis, revelaram-se, em sua essência, como aprendizados valiosos e etapas necessárias para o meu crescimento e bem-estar. m. trozidio c onheça meus livros

A crescente compreensão da Lei do Reverso oferece uma explicação para o que inicialmente parece "absurdo".  Essa lei sugere que, ao nos esforçarmos intensamente em uma direção específica, aumentam as chances de nos desviarmos para o lado oposto.  A célebre analogia de Allan Watts ilustra bem esse princípio: "quando você se esforça para boiar na água, você afunda. E quando você quer afundar, você boia."  Essa mesma lógica se aplica à nossa busca pela felicidade; o esforço excessivo para alcançá-la pode, paradoxalmente, nos afastar dela. Podemos observar isso também em situações cotidianas, como quando a expectativa de um dia produtivo se transforma em uma sequência de eventos negativos.  Por outro lado, a inversão se mostra verdadeira: acreditar em um dia "terrível" pode, inesperadamente, levar a resultados positivos.  Diante disso, torna-se fundamental ponderar cuidadosamente nossas expectativas. m. trozidio c onheça meus livros

Após quinze dias entre Abu Dhabi e Dubai, a despedida deixa um profundo sabor de saudade.  Confesso que fui surpreendido por este lugar. Preconceituosamente, esperava encontrar um ambiente de ostentação exacerbada ou algo similar.  Contudo, para minha grata surpresa, apesar da riqueza onipresente, fomos acolhidos calorosamente em cidades que deveriam servir de exemplo para muitos países que já conhecemos.  Aqui, a organização, a limpeza e o respeito saltam aos olhos, qualidades que, a meu ver, emanam de duas fontes principais: primeiramente, a rica cultura de seu povo e, em segundo lugar, inegavelmente, a existência e a aplicação rigorosa de leis, um fato que não estou acostumado a ver.  Diante de tudo isso, o desejo de permanecer por mais tempo é intenso, mas compromissos inadiáveis nos chamam, forçando nossa partida.  Por isso, em vez de um adeus definitivo, digo apenas um até logo, Dubai, pois anseio por retornar com mais tempo para explorar suas maravilhas. ...

Após quase um mês sob o impacto de uma forte gripe, sinto que a melhora finalmente se anuncia. Diante desse despertar, percebo que começo a assimilar o aprendizado intrínseco a essa experiência – uma lição que se revela essencial neste momento. Como um entusiasta das teorias de Jung, reconheço que nenhum evento ocorre aleatoriamente. Assim, sinto-me compelido a buscar a compreensão profunda que esta vivência me oferece. m. trozidio c onheça meus livros  

Você já parou para refletir sobre a intrincada rede de fatores que se entrelaçam em uma simples viagem internacional? Inicialmente, você se encontra em um hotel e solicita um táxi rumo ao aeroporto. Esse veículo, composto por milhares de peças interdependentes, exige um sincronismo impecável para levá-lo ao seu destino. Ademais, o motorista interage constantemente com um fluxo de outros veículos, cada um representando um potencial risco de imprevistos. Contudo, em uma surpreendente demonstração de coordenação, você chega ao aeroporto sem intercorrências. Em seguida, embarca em uma aeronave, cuja complexidade e número de componentes excedem em muito os de um automóvel. Mais uma vez, essa vasta quantidade de elementos precisa operar em perfeita harmonia. Soma-se a isso a essencial coordenação da torre de controle, o gerenciamento do tráfego aéreo e a comunicação com outros pilotos, garantindo sua chegada segura ao aeroporto de destino. Ao desembarcar, outro táxi o aguarda, e novamente, u...

É possível que a gratidão seja a força mais potente para a mudança em nossas vidas.  Em qualquer situação, por mais desafiadora que seja, existem sempre aspectos pelos quais podemos ser gratos.  E é justamente ao reconhecer e sentir essa gratidão que encontramos a capacidade de transmutar as experiências negativas. m. trozidio c onheça meus livros